CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O arcebispo que provocou uma crise na Igreja Católica ao pedir a renúncia do papa Francisco negou ser motivado por uma vingança pessoal, e disse que tentou mostrar que a corrupção chega ao topo da hierarquia da instituição.
Arcebispo Carlo Maria Viganò em Washington 22/01/2015 REUTERS/Gregory A. Shemitz
O arcebispo Carlo Maria Viganò saiu de circulação desde que a mídia conservadora publicou um comunicado de 11 páginas no qual ele alega que o papa sabia há anos sobre a má conduta sexual de um cardeal norte-americano e não fez nada a respeito.
Viganò vem se comunicando através de Aldo Maria Valli, jornalista da televisão italiana que ele consultou várias vezes antes de divulgar o comunicado no domingo, quando o papa estava na Irlanda.
A mídia italiana noticiou que ele se aborreceu por nunca ter sido promovido a cardeal pelo ex-pontífice Bento 16 ou porque Francisco impediu seu avanço na Igreja.
“Nunca nutri sentimentos de vingança ou rancor em todos estes anos”, disse ele, segundo citações de Valli, que vem publicando comunicados de Viganò em seu blog.
“Eu me manifestei porque a corrupção alcançou os níveis mais altos da hierarquia da Igreja”, afirmou Viganò, ex-embaixador do Vaticano em Washington.
O Vaticano não quis comentar as novas acusações de Viganò.
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