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segunda-feira, 30 de julho de 2018

ONU é o epicentro da perseguição a Israel, diz evangélica embaixadora dos EUA na entidade




Nikki Haley foi nomeada pelo presidente Donald Trump como embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro de 2017. Desde então, a evangélica de origem indiana tem se tornado uma das principais vozes em defesa de Israel na entidade global, e por isso foi premiada recentemente.

Nikki é ex-governadora da Carolina do Sul e foi apontada pela revista Time como uma das “100 Pessoas Mais Influentes do mundo” em 2016. Seu crescimento na política e sua atuação conservadora a credenciou para o cargo na ONU no mandato de Trump. Nesta semana, ela recebeu o prêmio “Defensor de Israel” da Cúpula dos Cristãos Unidos por Israel.

Durante a cerimônia realizada na última segunda-feira, 23 de julho, em Washington, DC, Nikki Haley falou um pouco sobre seu trabalho como embaixadora na ONU, e destacou que a entidade é o centro de negociatas políticas que sempre visam prejudicar Israel, descrevendo o ambiente como “o epicentro global do antissemitismo”.

“Há momentos em que [a ONU] pode ser uma força do bem”, ponderou a embaixadora, antes de acrescentar que a entidade “também pode ser um lugar extremamente frustrante e bizarro”, e uma prova disso “é o modo terrível como vem tratando Israel por décadas”.

Ciente disso, o presidente Trump ordenou uma mudança de postura dos EUA em relação aos assuntos tratados na ONU, opondo-se à orientação adotada na época em que Barack Obama era presidente.


“A mudança vem pela liderança dos Estados Unidos. Isso ficou muito claro quando o presidente tomou a decisão corajosa e correta de transferir a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém”, resumiu Nikki Haley. “Historicamente, Jerusalém tem sido a capital de Israel e sempre será”, acrescentou.

Desde que assumiu o posto, há aproximadamente um ano e meio, a embaixadora conseguiu barrar algumas resoluções que prejudicavam Israel e outras que terminavam por favorecer o grupo terrorista palestino Hamás ao ignorar o extremismo de suas ações. Agora, as tratativas caminham no sentido de que a ONU finalmente o declare um grupo criminoso.
Farsa

Uma das ações mais drásticas do mandato de Donald Trump em relação à ONU teve NIkki Haley como protagonista, quando o país abandonou o Conselho de Direitos Humanos da entidade. O assunto também foi abordado durante seu discurso na premiação criada pelo pastor John Hagee.

“O Conselho de Direitos Humanos é uma farsa. Nós dissemos que há sérias violações aos Direitos Humanos na Venezuela, no Irã – onde estão protestando contra o seu regime – na Nicarágua, e não se faz nada a respeito”, afirmou a embaixadora, citando os dois casos mais chamativos que ocorrem na América Latina e um dos antigos inimigos políticos dos EUA no Oriente Médio.

“É muito importante apresentar a verdade e a realidade na ONU, mesmo que isso incomode outros países”, sublinhou, fazendo referência ao fato de que o papel dos EUA exerce muita influência pela potência econômica e militar que são.

Ao final, a embaixadora explicou que sua motivação na atuação em busca de justiça na ONU e nos assuntos relacionados a Israel vai além de orientação política, e envolve sua fé em Jesus: “Eu não sou judia nem venho de uma família cristã. Vinte anos atrás, minha jornada de fé me trouxe ao cristianismo”, explicou.


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