O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, criou o comitê interministerial para integrar as políticas de monitoramento por radiofrequência (RFID) do país. A iniciativa, coordenada pelo MCTIC, conta com a participação de 12 ministérios e tem como objetivo criar um sistema integrado e usar os dados coletados em políticas de mobilidade urbana, segurança e transporte de cargas.
A intenção do ministério é que o sistema estimule a criação de novas aplicações e faça parte do Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT). O Departamento de Trânsito (Detran) de Pernambuco e o município de Santo André (SP) serão os dois pilotos onde a política será testada. “A partir dos pilotos em Santo André e Pernambuco, podemos ter uma referência e criar uma onda positiva que nos dê condições de implantar o projeto em todo o país”, disse o ministro Gilberto Kassab.
Para o secretário de Política de Informática do MCTIC, Thiago Camargo, a iniciativa tem o potencial de impactar diretamente a vida do cidadão. “Com os dados coletados pelo monitoramento, podemos desenhar políticas de mobilidade, melhorar o tempo de resposta de ambulâncias, ter semáforos inteligentes. O governo e as empresas devem compartilhar esses dados para estabelecer o sistema”, afirmou.
A política contará com parcerias público-privadas e tem a participação de duas entidades vinculadas ao MCTIC, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que atuará desenvolvendo modelos de financiamento aos entes participantes, e a Ceitec S.A, empresa pública que atua no segmento de chips de identificação automática, e que desde 2014 tem um chip para implantar no Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (SINIAV), considerado há dois anos como um megapiloto de Internet das Coisas, mas que não saiu do papel.
A iniciativa previa a instalação de tags em veículos nacionais e importados. Os chips deveriam ter sido instalados numa frota estimada em 50 mihões de automóveis ativos, mas houve uma grande resistência por parte dos órgãos de trânsito.
Os DETRANs estaduais não se preparam e o DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito não tinha - e não tem ainda - como obrigar a implantação do SINIAV. Em São Paulo, por exemplo, o serviço Sem Parar adotou um modelo próprio, bem próximo do SINIAV, mas sem tantas exigências como o projeto então determinado pelo governo. Agora, há a tentativa de refazer o modelo com a coleta de mais informações.
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