Movimento Unidos Pelo Templo diz que os gentios “são parte essencial do processo de reconstrução"
A proclamação histórica do presidente Donald Trump na quarta-feira (6), reconhecendo Jerusalém como a capital do povo judeu foi um passo importante para estabelecer o Terceiro Templo e acelerar a vinda do messias, acreditam rabinos e lideranças judaicas que trabalham pela reconstrução do Terceiro Templo.
“O que ele fez foi um passo enorme para a chegada do Templo”, disse Asaf Fried, porta-voz do Movimento Unidos pelo Templo, uma associação de organizações que tentam tornar o Terceiro Templo uma realidade.
Em entrevista ao site Breaking Israel News, explicou que “Isto necessariamente precisava partir de um não-judeu para envolvê-los no processo e para que eles possam assumir sua parte no Templo”.
Fried comparou o papel de Trump com o de Ciro, o rei persa que pôs fim ao exílio babilônico e ajudou a construir o Segundo Templo. Ele lembrou de Provérbios 21:1, que diz: “O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer”.
Yakov Hayman, presidente do Unidos pelo Templo, viu a declaração do presidente americano como parte de uma progressão histórica que se junta a uma série de mudanças importantes na história moderna de Israel. “Em 1917 tivemos a Declaração de Balfour que restabelecia Israel entre as nações da terra. Cem anos depois, em 2017 temos a declaração de Trump”, comparou.
Ele diz acreditar que é uma questão de tempo até que os não-judeus façam outra declaração semelhante, reconhecendo o Monte do Templo como o local do templo dos judeus. Também entende que, para o projeto avançar, era necessária essa união. “Quando os judeus e os não-judeus se unirem em massa, o novo Templo será inevitável”, enfatiza.
Hayman sabe que ainda faltam muitas etapas nesse processo complexo, com judeus e não judeus desempenhando diferentes papéis enquanto buscam um objetivo mútuo.
“O povo de Israel está voltando às suas raízes, ao mesmo tempo que os não-judeus do mundo estão percebendo a autenticidade de nossa reivindicação ao Monte do Templo e nosso direito de construir um Templo judaico como Casa de Oração para Todas as Nações”, enfatizou Hayman. Segundo o seu movimento, os não judeus “são uma parte essencial do processo”. No templo de Salomão havia um lugar destinado a eles, chamado de “pátio dos gentios”. Algumas traduções usam o termo “átrio” para se referir ao mesmo local, que rodeava o santuário.
“Nossa tarefa é agir como sacerdotes para tornar o mundo inteiro santo”, lembrou Hayman, citando o Êxodo 19:6. “Isso só acontecerá com um Templo em Jerusalém”, enfatizou. “O próximo passo, o mais importante, deve ser tomado pelos judeus. Nós precisamos reunir muitas pessoas para começar a subir para o Monte do Templo com frequência. Uma vez que fizermos isso, o Templo será o próximo passo inevitável”.
Sua avaliação da personalidade do presidente americano é que se trata de uma figura única: “Há algo muito especial e até sagrado em Trump. Às vezes, ele parece grosseiro e não conectado à religião, mas toda vez que se dirige à sua nação, fala sobre Deus. Na noite passada, disse que reconhecia Jerusalém porque esta era a coisa certa. É exatamente assim que um líder guiado por Deus deve falar”.
O rabino Hillel Weiss, porta-voz do Novo Sinédrio, mostrou-se cauteloso, mas otimista. “Um ano atrás, o Sinédrio pediu a Trump para construir o Templo como Ciro fez há 2.000 anos”, “Ele claramente manifestou-se nesta direção, mas ainda há um longo caminho a percorrer e muitas armadilhas que podem impedir que isso aconteça logo”.
Weiss admite que há questões complexas que precisam ser resolvidas. “O Monte do Templo ainda não é um problema resolvido e as Nações Unidas estão trabalhando duropara tentar convencer o mundo de que os judeus não têm direito a ele”, encerrou.
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