Líder xiita no Brasil admite que muitos brasileiros estão sendo radicalizados.
Muçulmanos brasileiros já pregam fim de cristãos e judeus
Na entrevista das “Páginas Amarelas” da revista Veja desta semana, o sheik Rodrigo Jalloul, o principal líder xiita do Brasil, admite o que já vinha sendo especulado há muito tempo. Assim como em vários outros países, por aqui existem muçulmanos brasileiros que foram radicalizados. Ou seja, começaram a pregar os ensinamentos literais do Alcorão.
Isso inclui defender “o fim de cristãos e judeus”. Jalloul, que é responsável pela mesquita da Vila Matilde, em São Paulo, afirmou:
“Alguns brasileiros, porém, estão abraçando a fé [islâmica] cegamente. Há muitos fanáticos pregando para gente intelectual e emocionalmente vulnerável por aí… ensinando uma forma equivocada de lidar com a religião. Esses fanáticos pregam que cristãos e judeus não podem existir”, asseverou.
Segundo o líder religioso, “aqueles que têm mais sede de conversão são os piores. Eles querem se converter e não discutem nem questionam nada”.
Ele não dá nomes, mas esse tipo de denúncia vem sendo feito nas redes sociais há mais de dois ano.
Estado Islâmico no Brasil
Outra declaração preocupante do sheik é que existem extremistas muçulmanos ligados ao Estado Islâmico atuando no Brasil.
“De fato existem ramificações religiosas no Brasil que apoiam o Estado Islâmico. Não posso afirmar que sejam ramificações terroristas, mas são integradas por pessoas com pensamentos extremistas. Por mais que muitos xeques neguem, existem extremistas entre nós. Basta ir ao centro de São Paulo e ver brasileiros recém-convertidos com roupas árabes e mulheres de burca”, sublinha.
Questionado sobre a prisão de um grupo de brasileiros pela Polícia Federal no ano passado, na operação Hashtag e acusados de planejar um atentado nas Olimpíadas, disse acreditar que “A ação da Polícia Federal e do juiz que manteve esses radicais presos salvou a paz da religião e de seus seguidores no Brasil”.
Rodrigo Jalloul não deve ser confundido com Rodrigo Rodrigues, sheik que lidera a Mesquita do Pari, em São Paulo, frequentada por pelo menos um dos presos na Hashtag. Jalloul é oficialmente reconhecido como mulá (sábio religioso) por um centro de formação islâmica do Irã.
Segundo o Conselho Superior de Teólogos e Assuntos Islâmicos do Brasil (CSTAIB), existem cerca de 120 mesquitas e comunidades islâmicas do país.
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