Unesco aprovou resolução que critica acesso a lugar sagrado
O ministro da Educação de Israel, Naftali Bennett, decidiu hoje (14) suspender todas as parcerias de cooperação com a Unesco, um dia após uma votação sobre um local sagrado em Jerusalém.
"Não haverá mais encontros com representantes da Unesco ou participações de Israel em conferências internacionais", informou o governo, citado pelo jornal "Maariv". "Não terá nenhuma cooperação com organizações profissionais que fornecem suporte ao terrorismo", criticou o Ministério, acusando os muçulmanos de atos de terrorismo.
Ontem, os países-membros da a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) votaram uma resolução que critica Israel por restringir o acesso de muçulmanos a um local sagrado para o Islã e para o Judaísmo. Trata-se do Monte do Templo, chamado por Al-Haram ash-Sharif pelos muçulmanos.
De acordo com Israel, a resolução da Unesco é uma afronta ao "vínculo milenar entre os judeus e o local". Por sua vez, a Autoridade Nacional Palestina (ANP), liderada por Mahmoud Abbas, disse que a resolução da Unesco é uma "mensagem clara para Israel colocar um fim às ocupações e reconhecer o Estado palestino, com Jerusalém como capital e os locais sagrados para cristãos e muçulmanos", disse o porta-voz do governo, Nabil Abu Rudeina.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, defendeu a resolução e disse que o patrimônio de Jerusalém é "indivisível" e "toda comunidade tem o direito ao explícito reconhecimento da sua história e da sua ligação com a cidade". "Negar, esconder ou querer cancelar qualquer tradição, seja ela judaica, cristã ou muçulmana, significa colocar em perigo a integridade do lugar, vai contra os motivos que justificam a sua inscrição na lista de patrimônio mundial", criticou. (ANSA)
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