Caça aos atiradores é a maior operação policial da década na Alemanha.
País criou polícia antiterrorismo após atentado na Olimpíada de 1972.
Ainda não terminou a caçada a pelo menos três atiradores que abriram fogo num shopping deMunique, na Alemanha. Dez pessoas morreram e dez ficaram feridas.
Um ataque no centro comercial mais popular de Munique. Foram dezenas de tiros às 18h, quando o shopping fica movimentado.
Testemunhas viram três atiradores. Pelos menos um teria desaparecido na direção do metrô.
As pessoas buscaram abrigos em lojas. Àquela altura, a polícia já tinha fechado todos os acessos à região, interrompendo o serviço de transporte. Os alemães, em estado de alerta, não sabiam onde o terror se escondeu.
A polícia avisou sobre "suspeitos perigosos em fuga". Enquanto circularam informações de outros tiroteios no centro da cidade, um deles numa praça.
A exemplo do que aconteceu em novembro em Paris, autoridades alertaram para o risco de ataques simultâneos, e pediram para todos ficarem em casa, se afastarem das multidões.
Serviços de emergência pediram vídeos que ajudem a identificar atiradores. Mas cobraram que ninguém espalhe boatos ou imagens com posições de policiais.
Moradores usaram as redes sociais para oferecer refúgio a pessoas longe de casa.
Três horas depois do ataque, a imprensa alemã divulgou que um atirador se matou. Ele teria gritado que era alemão.
A polícia alemã suspeita de terrorismo, um crime com motivação política. Até o momento nenhum grupo assumiu autoria. O governo alemão fez uma reunião de emergência.
Líderes europeus condenaram o ataque. O governo britânico declarou que está pronto para apoiar a Alemanha no que for preciso. O presidente alemão se disse em choque. Quarenta e quatro anos depois, a Alemanha chora outro atentado em Munique.
O primeiro foi na Olimpíada de 1972. Oito terroristas invadiram a vila olímpica de Munique, mataram dois israelenses e fizeram nove reféns da delegação de Israel. Erros em série da polícia alemã resultaram na morte de todos os sequestrados e um policial.
O evento trágico envergonhou a Alemanha. O país criou uma polícia antiterrorismo. Cinco anos depois, o grande teste: um voo da companhia alemã Lufthansa foi sequestrado por palestinos. Durante cinco dias, o avião com 86 passageiros passou pela Europa, Oriente Médio. África. Na Somália, um esquadrão alemão pegou os sequestradores de surpresa. Nenhum refém morreu na ação. Essa polícia está a caça dos responsáveis pela tragédia desta sexta.
A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, convocou pra sábado (23) uma reunião nacional de segurança, em Berlim. E por causa da fuga dos atiradores, a Áustria e a República Tcheca decidiram reforçar o patrulhamento nas fronteiras com a Alemanha.
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