Três deles são muçulmanos.
No discurso, Papa criticou fabricantes e vendedores de armas.
No discurso, Papa criticou fabricantes e vendedores de armas.
O Papa Francisco, nesta quinta (24), lavou e beijos os pés de refugiados na Basílica de São Pedro, no Vaticano – dentre eles, de três homens muçulmanos. Ele também condenou os fabricantes de armas, já que eles seriam responsáveis, em parte, pelos ataques que mataram pelo menos 31 pessoas em Bruxelas, no início da semana.
O discurso foi feito em um tradicional ritual que precede a Páscoa. Neste ano, 11 das 12 pessoas que tiveram seus pés lavados e beijados pelo Papa eram refugiados. A cerimônia comemora o gesto humilde de Jesus diante dos apóstolos, uma noite antes de sua morte.
“Todos nós juntos, muçulmanos, hindus, católicos, coptas, evangélicos, mas irmãos, filhos do mesmo Deus, que querem viver em paz, juntos”, comentou em um abrigo no norte de Roma, onde refugiados aguardam asilo político.
“Há três dias, houve um gesto de guerra, de destruição, em uma cidade da Europa, feito por pessoas que não querem viver em paz”, afirmou.
“Por trás disso, há fabricantes de armas, traficantes de armas, que querem sangue, não paz, que querem guerra, não fraternidade”, disse.
Em referência às pessoas que participaram dos ataques de Bruxelas, o Papa Francisco condenou “essas pobres criaturas que compram bombas para destruir seus irmãos”, comparando-as a Judas, o apóstolo que, de acordo com a Bíblia, traiu Jesus por 30 moedas de prata.
Antes de o pontífice ocupar o cargo religioso, a cerimônia só podia ser frequentada por homens católicos, normalmente sacerdotes. Mas depois das eleições de 2013, ele continuou a tradição que começou como arcebispo em Buenos Aires, permitindo que mulheres e não-católicos participassem. Os conservadores criticaram essa mudança.
Os refugiados vieram do Mali, Nigéria, Eritreia, Índia, Síria e Paquistão.
O Papa Francisco beija os pés de refugiados na Basílica de São Pedro – dentre eles, de três homens muçulmanos – durante tradicional ritual que precede a Páscoa (Foto: Osservatore Romano/Handout via Reuters )
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