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terça-feira, 22 de março de 2016

Delegados monitoram ameaças contra Moro e investigadores da PF


Foto: Sindicato dos Delegados de Polícia Federal/ PR

A 24ª fase da operação Lava Jato, que investiga a participação do ex-presidente Lula em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema envolvendo a Petrobras, desencadeou uma série de protestos nas redes sociais. Entre críticas e ofensas, defensores do ex-presidente e simpatizantes mais exaltados do PT chegaram a publicar ameaças de morte a investigadores da Polícia Federal e ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos em primeiro instância.
 
 
 
Imagem: reprodução “O Antagonista”

Nesta segunda-feira (07), o Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Paraná (SinDPF/PR) divulgou uma nota de repúdio contra os ataques, “em face de algumas ameaças e ofensas que a Polícia Federal e as demais instituições que trabalham em prol do combate à criminalidade organizada, incluindo os Delegados de Polícia Federal que integram a Força Tarefa responsável pela Operação LAVA JATO, vêm sofrendo, principalmente por meio da Imprensa e das redes sociais”.

As ameaças já estariam sendo monitoradas pela Operação Lava Jato. De acordo com o presidente do sindicato, o delegado Algacir Mikalovski, a instituição está tomando “as medidas cabíveis” para garantir a segurança dos investigadores e a continuidade da operação: ” tomaremos de imediato todas as medidas cabíveis contra aqueles que afrontem a Lei, inclusive com ameaças e ofensas indevidas, aos moldes do que estamos fazendo em prol dos policiais federais que nos procuraram e receberam nosso irrestrito apoio”, diz em nota.

O delegado afirma ainda que os policiais se sentem orgulhosos de trabalhar na operação e não serão intimidados: “As Autoridades Policiais que trabalham diretamente com a Operação Lava Jato e todos aqueles que tiveram, voluntariamente, suas cargas de trabalho aumentadas sobremaneira em virtude desta Operação, ao mesmo tempo em que se sentem orgulhosos com o resultado do trabalho, pautado sempre pela imparcialidade, retidão e legalidade, e com os benefícios para o Brasil, não podem, em hipótese alguma, ser alvos de ataques espúrios e covardes, nem tampouco devem ser vítimas de apoderamento dos méritos deste trabalho”, desabafou.
 
 
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