O papa Francisco se referiu à possibilidade de usar métodos anticoncepcionais como um "mal menor" diante do risco que o zika vírus representa para as grávidas.
Papa Francisco se despede do México em seu último dia de visita ao país nesta quinta, 18/2/2016.Foto:
EFE
Em declarações aos jornalistas que o acompanharam no avião que lhe levou do México a Roma, o pontífice acrescentou que "o aborto não é um mal menor: é um crime. É jogar fora um para salvar outro. É o que faz a máfia".
Francisco deixou aberta a possibilidade de usar esses métodos ao lembrar que o papa "Paulo VI em uma situação difícil na África (a guerra no Congo belga) permitiu que as freiras usassem anticoncepcionais para casos nos quais foram violentadas", explicou.
"O aborto não é um problema teológico: é um problema humano, é um problema médico. Se assassina uma pessoa para salvar outra no melhor dos casos. Vai contra o juramento hipocrático que os médicos devem fazer", acrescentou.
Por outro lado, o papa opinou que "evitar a gravidez não é um mal absoluto", pois "em certos casos, como neste, como no de Paulo VI, era claro".
Francisco fez ainda um pedido "aos médicos para que façam de tudo para encontrar as vacinas contra estes mosquitos que transmitem esta doença".
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