O teólogo Leonardo Boff elencou na terça-feira o aquecimento global, o princípio de autodestruição, a incapacidade da terra para se renovar e a escassez de água como as grandes ameaças à vida humana tal como é hoje conhecida.
Lusa
Boff, um dos maiores expoentes da Teologia da Libertação no
Brasil e conhecido ambientalista, falava numa conferência no Palácio
Nacional da República Dominicana, em Santo Domingo, que contou com a
presença do Presidente Danilo Medina, da vice-presidente Margarita
Cedeño de Fernández e de outros membros do Governo dominicano.
Um dos grandes problemas que se avizinham será, segundo Boff, o que
irá causar 100 milhões de migrantes por motivos ambientais, afetados
pela falta de água e que não vão aceitar essa "sentença de morte" e irão
passar a invadir países e territórios.
"Apenas 10% de 0,07% da água potável [aproveitada] se destina ao consumo humano e animal, pelo que temos que nos preparar para uma emergência humana com categoria de catástrofe ambiental e social sem precedentes no mundo", advertiu.
O ex-sacerdote e escritor lamentou a "máquina da morte" que, a seu ver, o homem impôs sobre a Terra e a natureza, apesar de considerar que "ainda há tempo" para redimir o planeta.
"Temos de levar a cabo uma mudança radical do coração e da mente; não temos a tradição de cultivar o espírito para dar amor, solidariedade, disfrutar da alegria de partilhar, de nos considerarmos irmãos, de saber perdoar e oferecer compaixão; esses são os valores da vida espiritual", apontou Boff, cujas palavras receberam aplausos por parte da audiência.
Boff alertou que a Terra superou em cerca de 30% a sua capacidade de regeneração devido à sobrecarga que lhe impôs a humanidade e recordou que, segundo dados da comunidade científica norte-americana, o aquecimento abrupto da Terra nos próximos 15 ou 20 anos pode chegar aos quatro ou cinco graus.
"Com essa temperatura, a vida que conhecemos não vai continuar; devemos ter o cuidado de olhar para uma estratégia de sobrevivência da espécie humana e para o futuro da nossa civilização", sentenciou o teólogo que, por várias ocasiões, se referiu positivamente à encíclica do papa Francisco "Laudato Si", sobre a proteção do meio ambiente.
FONTE:
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/539662/aquecimento-global-e-uma-sentenca-de-morte
"Apenas 10% de 0,07% da água potável [aproveitada] se destina ao consumo humano e animal, pelo que temos que nos preparar para uma emergência humana com categoria de catástrofe ambiental e social sem precedentes no mundo", advertiu.
O ex-sacerdote e escritor lamentou a "máquina da morte" que, a seu ver, o homem impôs sobre a Terra e a natureza, apesar de considerar que "ainda há tempo" para redimir o planeta.
"Temos de levar a cabo uma mudança radical do coração e da mente; não temos a tradição de cultivar o espírito para dar amor, solidariedade, disfrutar da alegria de partilhar, de nos considerarmos irmãos, de saber perdoar e oferecer compaixão; esses são os valores da vida espiritual", apontou Boff, cujas palavras receberam aplausos por parte da audiência.
Boff alertou que a Terra superou em cerca de 30% a sua capacidade de regeneração devido à sobrecarga que lhe impôs a humanidade e recordou que, segundo dados da comunidade científica norte-americana, o aquecimento abrupto da Terra nos próximos 15 ou 20 anos pode chegar aos quatro ou cinco graus.
"Com essa temperatura, a vida que conhecemos não vai continuar; devemos ter o cuidado de olhar para uma estratégia de sobrevivência da espécie humana e para o futuro da nossa civilização", sentenciou o teólogo que, por várias ocasiões, se referiu positivamente à encíclica do papa Francisco "Laudato Si", sobre a proteção do meio ambiente.
FONTE:
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/539662/aquecimento-global-e-uma-sentenca-de-morte
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