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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Bryan Singer diz que homossexualidade o influenciou ao aceitar dirigir X-Men

Nova obra do diretor estreia em maio de 2016. 


Bryan Singer é um dos diretores responsáveis por recriar a ideia ao redor dos filmes de super-heróis com seu primeiro “X-Men” nos anos 2000. Diretor do próximo filme da franquia, “X-Men: Apocalypse”, Singer teve a oportunidade de falar com o Collider sobre como foi este criar o universo da franquia, ainda ativo após 16 anos. 



“Não havia nenhum conceito ou modelo. Os filmes de quadrinho haviam morrido, só se pensava neles como cafonas. Eu aceitei o filme porque vi que os temas dele me interessavam. Eu via Xavier e Magneto como Martin Luther King e Malcolm X”, relembra.

O diretor também comentou sobre o paralelo existente entre as situações enfrentadas pelos mutantes e as enfrentadas no cotidiano, que diz ter influenciado sua escolha pessoal em aceitar dirigir a franquia.
“Eu sou gay, ou bissexual, então isso provavelmente foi um fator de peso, porque a mutação é descoberta naquela idade da puberdade em que você é diferente da sua vizinhança inteira e da sua família e você se sente um pouco isolado. Então, em certo grau, isso provavelmente pesou na minha decisão de dirigir o filme”, completou.

Singer continuou a entrevista explicando o papel de destaque dado ao personagem do Wolverine (interpretado por Hugh Jackman de “Os Miseráveis”) desde o início da franquia.
“Eu era muito cínico a respeito disso tudo. Dizia: ‘Eles se chamam Ciclope, Tempestade e Dentes de Sabre’, mas com o Wolverine eu disse: ‘Posso ser o Logan e, ao final do filme, posso abraçar esse universo’, então poderia contar essa história. Através dele eu consigo com que este seja um filme que por um acaso é baseado em quadrinhos, e tem cenas de ação, mas ainda é um filme, não só um gênero”, disse.

Finalmente, quando perguntado se os outros filmes de super-herói lançados recentemente afetam sua visão no momento de fazer um filme da franquia “X-Men”, o diretor disse que sim, mas que o mais importante para ele é manter um tom compatível aos outros filmes pertencentes a este universo.
“Eles me influenciam o tempo todo! Mas quando eu vou fazer um filme dos X-Men eu penso: ‘A última coisa que eu posso fazer é tentar fazer um filme dos X-Men parecer com o Cavaleiro das Trevas ou com os Vingadores’. Se eu vou ver um filme de ‘Star Wars’ ou qualquer franquia que eu goste, eu quero que aquele tom seja mantido”, conclui Singer.

Desde o início da civilização, Apocalipse era adorado como um deus. O primeiro e mais poderoso mutante do universo da Marvel acumulou os poderes de muitos outros mutantes, tornando-se imortal. Após milhares de anos, ele está desiludido com o mundo em que se encontra e recruta uma equipe de mutantes poderosos, incluindo Magneto (interpretado por Michael Fassbender de “Steve Jobs”), para purificar a humanidade e criar uma nova ordem mundial, sobre a qual ele poderá reinar. Com o destino da Terra ameaçado, Mística (Jennifer Lawrence da franquia “Jogos Vorazes”), com a ajuda do Professor X (James McAvoy de “Victor Frankenstein”), deve liderar uma equipe de jovens X-Men contra o seu maior inimigo e salvar a humanidade de uma completa destruição.

Dirigido por Singer e com roteiro de Simon Kinberg (“X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido”), “X-Men: Apocalypse” estreia em 26 de maio.


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