Gesto de Francisco não foi bem recebido por todos
Depois de um "processo de purificação e renovação", movimento católico conservador recebeu o perdão da Igreja. Vítima de abusos critica atitude de Francisco.
A decisão do Papa Francisco de conceder o perdão da Igreja aos "Legionários de Cristo", movimento católico envolvido em casos de pedofilia que realizou "processo de purificação", não reúne consenso. Entre os que se manifestaram contra a "indulgência plena" está Jose Barba, uma das vítimas de abusos sexuais por parte de Marcial Maciel, o mexicano que fundou o movimento.
"Não me parece que seja o exercício de um perdão, mas sim uma oportunidade que eles conseguiram de colocarem novamente os Legionários de Cristo no centro das atenções", afirmou, citado pelo jornal La Nacion. O movimento católico conservador terá pedido a indulgência plena a propósito do festejo do seu 75.º aniversário. Para Jose Barba, a medida é estratégica, já que o Papa Francisco prepara para o primeiro semestre do próximo ano a primeira viagem ao México, onde nasceu a congregação dos Legionários de Cristo.
O decreto naquele sentido foi emitido pelo "penitenciador mor" do Vaticano, o cardeal italiano Mauro Piacenza, em resposta a um requerimento do padre Eduardo Robles Gil, diretor geral dos "Legionários de Cristo", formado por padres e religiosos, e do Regnum Christi, constituído por laicos. Soube-se na quinta-feira que o perdão religioso lhes tinha sido concedido. "Depois do enorme escândalo provocado pelo passado" do fundador pedófilo, a "congregação iniciou um processo de purificação e de renovação" e adotou novos estatutos e regras, avançou a Rádio Vaticano.
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