Os chineses de Três Gargantas (China Three Gorges Brasil Energia) compraram as usinas hidrelétricas de Salto (GO) e Garibaldi (SC) da Triunfo, companhia de infraestrutura, por R$ 1,75 bilhão. O valor inclui a dívida de R$ 770 milhões. Caso algumas metas de desempenho sejam atingidas, a companhia chinesa pode pagar mais R$ 148,5 milhões à companhia.
Com o negócio, a companhia chinesa amplia sua atuação no setor elétrico, passando de 687 MW da capacidade instalada para 1.000 MW. Eles já têm participação em três usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos.
A venda das usinas hidrelétricas ainda dependem da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e das autoridades regulatórias chinesas.
Em entrevista à Folha, Carlo Alberto Bottarelli, diretor-presidente da Triunfo, disse que o dinheiro da transação será usado para reduzir o endividamento da companhia para cerca de 3 vezes o Ebitda (lucro antes do pagamento de juros, impostos, amortizações e depreciações). Hoje, essa relação é de 4,5 vezes.
Com a venda, a companhia praticamente sai do setor de energia. Continuará somente em Tijoá, onde é a concessionária responsável pela operação e manutenção da UHE Três Irmãos (SP).
Com esse fôlego, a empresa começa a dar retorno aos acionistas e pode se preparar para um passo maior, a compra da participação da UTC no aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Viracopos Internacional
Lucas Sampaio/FolhapressAnteriorPróxima
Triunfo, UTC e Egis são sócias, com 51% de participação no aeroporto. A Infraero detém o restante (49%).
"É um projeto com grande potencial de crescimento e temos preferência na compra", disse Bottarelli. "Lá podemos construir quatro pistas sendo que três têm potencial para funcionar simultaneamente. Há espaço para expansão, disponibilidade e demanda para empreendimentos imobiliários nos arredores do aeroporto."
Para o presidente da Triunfo, não seria preciso endividar-se tanto para fazer esse movimento. "O compromisso com a venda das usinas hidrelétricas era usar os recursos para reduzir o endividamento [da controladora]", disse. "Uma possível compra da participação da UTC no aeroporto poderia ser feita de formas que pesam menos no balanço, como um fundo de investimento em participações."
A situação agora é mais confortável porque além de terem reduzido o endividamento, a empresa hoje conta com negócios que já dão receita e retorno, como a Concebra, concessionária que administra 1,1 mil quilômetros de rodovias que ligam Brasília (DF) a Betim (MG).
Com esse fôlego, a empresa começa a dar retorno aos acionistas e pode se preparar para um passo maior, a compra da participação da UTC no aeroporto de Viracopos, em Campinas.
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Triunfo, UTC e Egis são sócias, com 51% de participação no aeroporto. A Infraero detém o restante (49%).
"É um projeto com grande potencial de crescimento e temos preferência na compra", disse Bottarelli. "Lá podemos construir quatro pistas sendo que três têm potencial para funcionar simultaneamente. Há espaço para expansão, disponibilidade e demanda para empreendimentos imobiliários nos arredores do aeroporto."
Para o presidente da Triunfo, não seria preciso endividar-se tanto para fazer esse movimento. "O compromisso com a venda das usinas hidrelétricas era usar os recursos para reduzir o endividamento [da controladora]", disse. "Uma possível compra da participação da UTC no aeroporto poderia ser feita de formas que pesam menos no balanço, como um fundo de investimento em participações."
A situação agora é mais confortável porque além de terem reduzido o endividamento, a empresa hoje conta com negócios que já dão receita e retorno, como a Concebra, concessionária que administra 1,1 mil quilômetros de rodovias que ligam Brasília (DF) a Betim (MG).
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