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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Obama diz que para derrotar o Estado Islâmico na Síria é preciso novo líder

Declaração foi dada em cúpula antiterrorismo. 

Obama defende que Bashar al-Assad deixe o poder.


Presidente Barack Obama fala em cúpula antiterrorismo (Foto: Kevin Lamarque/ Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (29) que a derrota do grupo Estado Islâmico na Síria só será possível se o presidente Bashar al-Assad deixar o poder.

"Derrotar o Estado Islâmico na Síria querer um novo líder", afirmou Obama na cúpula antiterrorismo que reúne cerca de cem dirigentes e acontece em paralelo à Assembleia Geral da ONU.

A Rússia, por sua vez, criticou a organização pelos Estados Unidos dessa cúpula antiterrorismo e disse que não participaria.

De acordo com o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, citado pela agência de notícias Ria Novosti, a delegação russa vai se contentar em enviar um diplomata para "cobrir o evento", para o qual uma centena de países foram convidados.

Churkin indicou que a cúpula era uma "falta de respeito" para com as Nações Unidas e o seu secretário-geral Ban Ki-moon.

Obama e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em estabelecer um acordo para evitar um conflito em operações na Síria, segundo a Reuters. Embora tenham concordado em explorar opções para uma solução política na Síria, eles discordaram sobre o futuro do presidente Bashar al-Assad.

Em seu discurso, Obama chamou Assad de tirano e criticou a falta de democracia na Síria, em um ataque à Rússia e ao Irã, que apoiam o regime sírio. Apesar disso, o presidente americano se disse disposto "a trabalhar com com qualquer nação, incluindo Rússia e Irã, para terminar o conflito".

Já Putin voltou a dizer que é um “erro enorme” não cooperar com o governo sírio na guerra civil. "Devemos reconhecer que ninguém salvo as forças armadas do presidente Assad combatem realmente o Estado Islâmico e outras organizações terroristas na Síria", afirmou o presidente ru

Envolvimento militar russo
Putin disse que seu encontro com Obama foi "muito útil e franco", e os dois discutiram o envolvimento russo em uma campanha militar contra os militantes do Estado Islâmico na Síria.

"Quando se trata do envolvimento russo, estamos refletindo sobre o que realmente faríamos para apoiar aqueles que estão no campo de batalha, resistindo e lutando contra os terroristas, o Isis (Estado Islâmico) em primeiro lugar", disse Putin a jornalistas.
Ele disse que não descarta realizar ataques aéreos em apoio às forças do regime do presidente sírio. "Estamos pensando nisso. Não descartamos nada, mas, se agirmos, será apenas respeitando por completo as normas legais internacionais", afirmou.

Essas normas, acrescentou, exigem que os ataques sejam requisitados pelo governo local, ou autorizados por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU - diferentemente dos que são realizados na Síria pela coalizão liderada pelos EUA.

Ele afirmou que o Exército sírio e a milícia curda é que estão envolvidos na luta contra o Estado Islâmico e outros grupos extremistas. "Não pode haver qualquer conversa sobre qualquer operação terrestre, sobre as tropas russas participando disso", declarou Putin.

Sobre a reunião com Obama, ele disse: "Nós temos muitas coisas para fazer ... há oportunidade de trabalhar para (resolver) problemas comuns em conjunto."

Putin, entretanto, rejeitou os apelos de Obama e do presidente da França, François Hollande, pela renúncia do líder sírio, Bashar al-Assad.

"Eu me relaciono muito respeitosamente com meus colegas dos Estados Unidos e da França, mas eles não são cidadãos da Síria e não deveriam se envolver com a escolha da liderança de outro país", disse.

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