Imagem: Reprodução / Revolta Brasil |
A presidenta
Dilma Rousseff participou, no início de março, da inauguração do Parque
Eólico Artilleros, em Colônia, a cerca de 170 quilômetros a leste de
Montevidéu (URU). Em discurso, Dilma declarou que a obra de Artilleros
mostra que é possível realizar a integração entre os países da América
Latina com vantagens para todos os envolvidos.
“Este parque
eólico transforma tanto as condições para o Brasil, quanto para Uruguai.
quando tiver sobrando energia aqui, nos iremos comprá-la. Quando
ocorrer o oposto, vamos transferir para cá. Com isso, os dois países
saem ganhando.”
“Essa obra tem
um significado político e ele mostra que é possível, sim, a integração”,
afirmou citando o atual momento brasileiro de dificuldade na geração de
energia hídrica.
Orçado em
aproximadamente US$ 103 milhões, Artilleros foi construído pelos dois
países por meio de parceria entre a Eletrobras e UTE/Uruguai, e tem
capacidade para gerar cerca de 65 megawatts de energia. Parte dos
investimentos foi financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América
Latina.
O parque faz
parte da estratégia de internacionalização da Eletrobras, que busca
melhorar a competitividade e a geração de valor para a empresa.
Itaipu eólica
De acordo com
José da Costa Carvalho Neto, presidente da Eletrobras, em entrevista à
TV NBR, a parceria entre Brasil e Uruguai tem potencial para atingir em
uma próxima etapa 300 MW. Ele revela ainda que está sendo verificado o
potencial de se chegar à capacidade de geração de 2.000 MW.
“Temos obtido
um know how muito forte também na geração eólica e estamos levando para o
Uruguai, mas estamos aprendendo lá também. Podemos chegar em uma
primeira etapa em 300 MW, mas já estamos vendo um potencial que pode
chegar a 2.000 MW ou até mais. Podemos ter entre o Brasil e o Uruguai
uma Itaipu eólica.”
Além da energia
eólica, está em execução também um empreendimento de interligação
elétrica que irá conectar os sistemas brasileiro e uruguaio nas
localidades de San Carlos, próximo ao balneário de Punta Del Leste, e
Candiota, no sul do estado do Rio Grande do Sul. A capacidade de
transferência de potência, nos dois sentidos, é de 500 MW. A cooperação
entre os ministérios das áreas de energia do Brasil e Uruguai existe
desde 2006 e tem o objetivo de fortalecer a integração energética entre
os dois países. Este projeto deve ser concluído até abril deste ano.
Veja também:
http://www.folhapolitica.org/2015/03/enquanto-brasil-sofre-segundo-aumento.html
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