Comentário de Julio Severo: Cuba é um país majoritariamente católico, e os EUA têm uma população
católica imensa, graças à imigração latino-americana. Esse é o motivo principal
por que o papa tem influência em ambos os países. O que é surpresa é que, se o papa tem o poder de
desempenhar um papel crucial na normalização das relações entre EUA e Cuba, abrindo
as portas do Vaticano para reuniões secretas entre americanos e cubanos, por
que ele não usa seu poder para abrir o Vaticano para reuniões para convencer o
governo americano a parar de promover e impor a agenda gay nas nações? Por
que ele não usa sua influência para reverter o papel pró-aborto do governo dos EUA?
A reportagem abaixo, do UOL, está de acordo com a Associated Press e outras
agências internacionais que consultei hoje:
O
papa Francisco e o Vaticano tiveram um papel essencial, intermediando a
aproximação histórica anunciada nesta quarta-feira (17) entre Estados Unidos e
Cuba, indicou um funcionário americano de alto escalão.
O papa fez um apelo pessoal a Barack Obama em uma carta enviada neste verão (do hemisfério Norte) e se comunicou com Raúl Castro em outra correspondência enviada separadamente a ele. Além disso, o Vaticano recebeu delegações de ambos os países para concluir a aproximação, explicou a fonte.
O papa fez um apelo pessoal a Barack Obama em uma carta enviada neste verão (do hemisfério Norte) e se comunicou com Raúl Castro em outra correspondência enviada separadamente a ele. Além disso, o Vaticano recebeu delegações de ambos os países para concluir a aproximação, explicou a fonte.
O
Vaticano também teve um papel-chave nas conversas iniciadas no ano passado para
a soltura do prisioneiro Alan Gross, que se concretizou nesta quarta-feira,
pouco antes do anúncio oficial das mudanças nas relações diplomáticas.
As
correspondências teriam sido escritas em meados de 2014. Nelas, o pontífice
pede para os dois líderes estreitarem as relações. O secretário de Estado dos
EUA, John Kerry, inclusive, encontrou seu homólogo do Vaticano, Pietro Parolin,
na última segunda-feira (15).
O
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacou em
seu discurso o envolvimento "pessoal" do papa Francisco no
processo de negociações entre seu país e Cuba. O presidente de Cuba, Raúl
Castro, também agradeceu o apoio do Vaticano e do papa Francisco na
"melhora das relações entre Cuba e Estados Unidos" e ao governo do Canadá
por ter facilitado o diálogo de "alto nível" entre os governos.
O
papa Francisco "se agradou vivamente" com o anúncio do
restabelecimento das relações entre Estados Unidos e Cuba", segundo o
porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Em um
comunicado oficial, o papa disse que gostaria de expressar "seus mais
calorosos parabéns pela histórica decisão tomada pelos governos dos EUA e de
Cuba de estabelecer relações diplomáticas, com o objetivo de superar as
dificuldades que marcaram a história recente".
A nota
detalha que nos últimos meses, o papa Francisco escreveu cartas e convidou os
dois presidentes a resolverem "questões humanitárias de interesse comum,
incluindo a situação de certos prisioneiros".
"Ele
recebeu delegações dos dois países no Vaticano em outubro e abriu as portas de
seus escritórios para facilitar o diálogo construtivo de questões delicadas,
culminando em soluções aceitáveis aos dois países."
Também
disse que assegura manter o apoio a iniciativas para fortalecer os laços entre
as duas nações e promover o bem-estar dos cidadãos. (Com agências
internacionais)
Fonte: UOL
Notícias
Divulgação: www.juliosevero.com
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