© Foto: REUTERS
O lançamento com sucesso, no domingo passado, do satélite sino-brasileiro Cbers-4, “testemunha da capacidade que a China e o Brasil têm de alinhar os seus interesses e juntar os esforços” na área de cooperação aeroespacial, acredita Petrônio Noronha de Souza, engenheiro mecânico e diretor de Política Espacial e Investimentos Estrangeiros da Agência Espacial Brasileira (AEB), contatado pela emissora Sputnik.
O perito especificou que o satélite ainda não está funcionando. O processo de implementação completa do aparelho demora até três meses. Segundo Souza, o Cbers-4 assumirá todas as suas funções em finais de fevereiro ou no início de março. Antes disso, há um processo de preparação técnica:
“Um satélite como esse, a partir do momento em que é lançado, permanece aproximadamente por 12 horas em um estado de aparente dormência (stand-by). Este é o período em que o pessoal do solo verifica se todos os subsistemas e equipamentos estão funcionando adequadamente. Depois desta fase, ele começa a ter suas cargas úteis, seus instrumentos ativados. Essa ativação se dá de forma gradativa para verificar se também esses instrumentos operam como esperado. Vencida essa segunda etapa, entra-se em uma terceira etapa que se chama de comissionamento. Durante o comissionamento, os instrumentos são calibrados e os programas de computador que fazem o processamento desses dados, também são ajustados”.
O aparelho é destinado àquelas empresas brasileiras que precisem de imagens de satélite de média resolução. Média resolução não é má resolução, destaca o perito. Quer dizer, há câmeras que distinguem objetos de até 5 metros de largura. Alta resolução é quando se distingue objetos de até um metro.
E imagens de média resolução também podem ser importantes, especialmente para países com grandes territórios, sublinha Souza:
“É um satélite hoje classificado como de média resolução, e isso não significa que ele não é bom. Significa que ele atende a um nicho de necessidade de imageamento de grandes extensões”.
No Brasil, um dos setores interessados na atividade do satélite pode ser o setor agrícola, sugere Souza.
Comentando a parceria com a Rússia, o engenheiro da AEB comenta que o Brasil e a Rússia não têm ainda iniciativas de envergadura do Cbers. Portanto, existe um projeto conjunto com o sistema russo de navegação por satélite Glonass, que irá se desenvolver no futuro, criando uma base segura para outros tipos de parceria.
FONTE:
http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_09/Brasil-e-China-alinham-interesses-na-rea-aeroespacial-R-ssia-tamb-m-parceiro-importante-2405/
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