Dois homens foram espancados na saída de sinagoga; países prometem reforçar segurança
O Globo
Com Agências Internacionais
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Ministros belgas se reúnem em cerimônia após atentado no Museu Judaico. Ataques antisemitas foram registrados na França após ataque em Bruxelas BENOIT DOPPAGNE / AFP
BRUXELAS E PARIS — Dois judeus foram atacados em Paris perto de uma sinagoga apenas algumas horas após o presidente francês François Hollande se declarar preocupado com o assassinato de dois israelenses e uma francesa no Museu Judaico da Bélgica, em Bruxelas. Os dois países reforçaram a segurança de áreas próximas a instituições judaicas.
Os ataques em Paris ocorreram no bairro de Créteil. Dois homens vestindo trajes religiosos foram espancados após saírem de uma sinagoga. Um deles ficou gravemente ferido no olho após ser atacado com um soco inglês e deve ficar hospitalizado por dez dias.
Na Bélgica, a polícia continua procurando o atirador. As autoridades divulgaram um vídeo em que um homem com um capuz preto entra no museu, saca uma metralhadora e dispara na sala. Logo depois ele sai andando. Um homem belga ferido no tiroteio permanecia em estado crítico, segundo as autoridades.
— Das imagens que vimos, podemos deduzir que o atacante provavelmente agiu sozinho e estava muito bem preparado. Ainda é muito cedo para concluir se é um ataque terrorista ou antissemita — disse uma porta-voz da promotoria de Bruxelas.
Papa lamenta ‘ódio antisemita’
O primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, conversou por telefone com o colega israelense Benjamin Netanyahu e com o francês François Hollande. O premier israelense afirmou que os ataques eram o resultado “da incitação sem fim contra os judeus e seu Estado".
Em Israel, o Papa Francisco condenou o “ato criminoso de ódio antissemita” e pediu orações para as vítimas. O presidente Hollande também considerou que o tiroteio em Bruxelas foi uma clara demonstração de antissemitismo.
— Nós precisamos fazer tudo o que for possível para lutar contra o racismo e o antissemitismo — disse.
Os dois israelenses mortos no museu de Bruxelas, Emmanuel e Miriam Riva, possuíam cerca de 50 anos e foram descritos por amigos como ex-funcionários públicos de Israel que estavam na Bélgica de férias.
Mas uma autoridade israelense afirmou que Emmanuel já havia trabalhado para a Nativ, uma agência do governo que fazia operações secretas para estimular a saída de judeus da União Soviética.
Com cerca de 550 mil pessoas, a comunidade francesa judaica é a maior da Europa, apesar de ataques violentos como o realizado pelo islamista Mohamed Merah, que matou três crianças judias em 2012.
A agência francesa Juive, que monitora a emigração de judeus, afirma que 1.407 judeus deixaram a França nos primeiros três meses deste ano. Caso a tendência permaneça, 2014 pode se converter no ano em que ocorreu a maior saída de judeus de território francês desde que Israel foi fundado em 1948.
FONTE:
http://oglobo.globo.com/mundo/apos-massacre-na-belgica-judeus-sao-atacados-em-paris-12601502#ixzz32pVN6CZ1
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