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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Primeiro depósito criogênico para mamutes será construído na Rússia

mamutes, Sibéria, depósito criogênico, Iacútia

O primeiro depósito criogênico no mundo para a fauna de mamutes será construído na república de Iacútia, na Sibéria. O projeto é único – em nenhuma parte do mundo não há semelhante frigorífico gigantescos para animais pré-históricos, igual não são encontrados tantos restos de mamutes, o que explica a necessidade de construir tal estrutura.

Um depósito criogênico permite não apenas preservar restos de animais, mas também dá uma chance a mamutes para o segundo nascimento através da clonagem.
Iacútia representa em si um depósito natural de mamutes. Na república são encontrados não apenas fósseis, como em outros locais do planeta, mas também corpos congelados de mamutes com tecidos, músculos e pelagem conservados.
No ano passado, especialistas conseguiram extrair cérebro de animal de um de tais objetos, acontecimento sensacional no mundo da ciência, disse à Voz da Rússia o presidente da Academia de Ciências de Iacútia, Igor Kolodeznikov:
“Tais objetos são bastante numerosos. Atualmente, assiste-se a um degelo intenso do litoral do oceano Glacial Ártico e objetos da fauna de mamutes são encontrados com bastante frequência. Se tal objeto não for imediatamente congelado, começa sua rápida devastação: os restos degelam e se descompõem. Por isso surgiu a ideia de construir em Iacutsk (capital de Iacútia) um depósito criogênico”.
A construção de um frigorífico gigantesco, que funcione à energia elétrica, custa muito caro. Mas não será fácil também aproveitar o fio do permafrost. A temperatura ótima de preservação oscila entre 18 e 24 graus negativos e não poderá ser garantida por via natural. Podem ser alcançados 4-10 graus negativos, no máximo, como em túneis do Instituto do Frio da Academia de Ciências da Rússia. Se no local forem produzidas correntes de ar, será possível atingir o regime necessário no período de inverno, mas a temperatura irá subir de qualquer modo na época de verão, continua Igor Kolodeznikov:
“Por isso surgiu a ideia de construir um depósito criogênico subterrâneo, isolado com terra de temperaturas atmosféricas. O frio natural irá acumular-se em condições de inverno e será mantido em verão com a ajuda de instalações frigoríficas. As despesas não serão muito altas se for aplicado tal sistema combinado de esfriamento”.
Nas palavras do dirigente da Academia de Ciências da Iacútia, não serão suficientes apenas baixas temperaturas para preservar restos de animais pré-históricos. É necessário garantir que o acesso de oxigênio ao depósito seja cortado na íntegra. Para isso, serão construídas câmaras herméticas especiais em que vai entrar gás inerte que substitua ar.
Também será necessário prevenir a possível entrada de bactérias patogênicas tais como, por exemplo, de antraz maligno, que se encontram frequentemente em sepulcros antigos. Com este objetivo está previsto construir uma seção de quarentena e uma seção de dissecação para estudar mamutes.
Cientistas querem entender as condições de vida desses gigantes e as causas de sua extinção. Pretende-se clonar esses animais fósseis, sobretudo depois de terem sido encontradas células vivas em restos achados. Especialistas da Iacútia dispensam especial atenção a tal orientação de pesquisas. “Na ciência devem existir certos faróis capazes de atrair a opinião pública a tais trabalhos e meios necessários”, diz Kolodeznikov.
Quanto ao dinheiro, a construção do depósito exigirá despesas importantes – a estrutura poderá custar de 1,5 a 3 milhões de dólares.

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