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Cientistas siberianos desenvolveram plantas com genes de rato. Especialistas do Instituto de Ecologia do Homem de Kemerovo e do Laboratório de Bioengenharia da Universidade de Altai afirmam que os novos organismos geneticamente modificados ajudaram a transformar substâncias tóxicas depois de trabalhos de perfuração e em minas.
A erva não se transformará num exército de ratos que comerão sofregamente as toxinas. As plantas deverão continuar a ser as mesmas, mas receberão o gene de rato que criará anticorpos contra o benzopireno, afirmam os cientistas.
Nos seus trabalhos, eles basearam-se nas propriedades naturais de muitas plantas de absorver substâncias nocivas. Por exemplo, o aloe, a hera, o clorofito são capazes de limpar o ar em 70% de formaldeído, benzol, amoníaco, tolueno e outros produtos químicos prejudiciais ao homem.
Porém, as possibilidades naturais das plantas são insuficientes para tratar resíduos tóxicos nos poços e minas, é preciso reforçá-las. E aqui ajudarão os ratos, declarou à Voz da Rússia Maksim Kutsev, chefe do Laboratório de Bioengenharia da Universidade do Altai:
"Os ratos são frequentemente utilizados como cobaias de laboratório, por isso estão bem estudados. Há plantas que na natureza, sem qualquer modificação, absorvem as substâncias prejudiciais, mas têm uma fraca capacidade de cruzamento. Para aumentar a capacidade de absorção da planta desse poluente (benzopireno), faz-se-lhe mais essa modificação."
O benzopireno é um composto químico resistente com alta toxicidade. Como produto derivado, ele encontra-se nas águas dos poços e minas que são trazidas à superfície, explica o especilaista. Em recintos fechados criam-se normalmente lagos artificiais que são isolados dos solos tapando-os com terra. Desse modo, o solo poluído deixa de poder ser aproveitado, mas é melhor criar uma planta que transforme o benzopireno e o limpe, considera o chefe do Laboratório de Bioengenharia da Universidade do Altai:
"Temos uma série de plantas onde treinámos a metodologia de transformação com genes modelares. Presentemente, tem lugar a adaptação dessa construção pelos nossos colegas de Kemerovo (Instituto de Ecologia do Homem de Kemerovo). Depois, iremos criar o gene completo."
O tefroseris e outros tipos de plantas aquáticas, que crescem junto a rios e lagos, são os que melhor servem. Segundo o cientista, elas têm uma enorme fito-massa e crescem rapidamente, por isso poderão resolver melhor a tarefa colocada: neutralizar substâncias nocivas.
Os lagos artificiais, para onde a água tóxica é lançada, não só não serão tapados com terra, mas serão aí plantadas plantas geneticamente modificadas. Elas absorvem toda a umidade, "devorarão" o benzopireno e, desse modo, não o deixarão chegar ao meio ambiente.
Os especialistas pensam conseguir plantas com genes de rato dentro de alguns meses e, depois, elaborarão recomendações para a sua plantação, reprodução e utilização. No próximo ano, serão feitos testes em áreas modelares. Se os resultados forem bons, dentro de um ano, a tecnologia será utilizada nas minas de carvão de Kuzbass.
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