Enquanto o Vaticano está se
preparando para as cerimônias de canonização do Papa João Paulo 2º no próximo
domingo, há uma questão grave dividindo a Igreja Católica e a Casa Branca: a
determinação do presidente Barack Obama de forçar organizações católicas nos
EUA a financiar o aborto e a contracepção como parte do serviço de saúde
pública.
O papado de João Paulo 2º, autor da
famosa encíclica Evangelho da Vida,
foi marcado por posturas firmes contra o aborto, a contracepção e a Teologia da
Libertação. Foi marcado também por intervenções importantes do Vaticano em
grandes reuniões da ONU onde o presidente americano Bill Clinton usava a
formidável força da máquina governamental americana para avançar o aborto vinte
anos atrás.
Apesar disso, o presidente dos EUA
está enviando ao Vaticano uma delegação de três indivíduos pró-aborto para
representar os Estados Unidos na canonização do grande papa pró-vida. Os
membros da delegação são John Podesta, conselheiro de Obama; Xavier Becerra,
líder do partido pró-aborto de Obama na Câmara dos Deputados dos EUA; e Katie
Beirne Fallon.
De acordo com o site Breitbart,
Podesta é o fundador e presidente do Centro do Progresso Americano, uma
organização esquerdista financiada por George Soros. Um dos colaboradores da
organização é o
bispo homossexual Gene Robinson.
Becerra é considerado totalmente
pró-aborto e pró-gayzismo.
Fallon não fica atrás.
É uma delegação que, querendo ou
não, vai fazer muito mais do que só representar o povo americano: vai afrontar
a sólida imagem pró-vida de João Paulo.
Mas essa não é a primeira vez que o
governo dos EUA comete afrontas contra quem não se submete às suas imposições
pró-aborto e pró-homossexualismo na ONU e no mundo inteiro. Como mencionei
recentemente no meu artigo “EUA
querem combater movimento anti-homossexualismo no mundo inteiro”:
“Obama não foi às Olímpiadas de
Inverno em Sochi, na Rússia, e assegurou-se de que o mundo entendesse sua
decisão: ele enviou proeminentes atletas gays para Sochi. Ele não mostrou
nenhum interesse nas crianças russas e seu bem-estar e proteção. Sua única
preocupação foi mostrar apoio à agenda gay. Aliás, essa é a prioridade máxima
de sua política exterior. Primeiro, o homossexualismo, depois as crianças…”
O próprio Franklin
Graham, filho do evangelista Billy Graham, criticou
a atitude de afronta de Obama contra os russos e suas leis que protegem as
crianças contra a propaganda gay.
E quem foi que disse que Obama se
preocupa com o bem-estar das crianças? Ele não está nem aí para as crianças
russas e nem mesmo para as crianças americanas.
Numa conferência da Federação de
Planejamento Familiar em Washington, D.C., um ano atrás, Obama fez questão de
comparecer e finalizar o evento com a seguinte declaração: “Obrigado, Federação
de Planejamento Familiar. Deus abençoe vocês. Deus abençoe os Estados Unidos.”
A Federação de Planejamento Familiar é a maior organização de clínicas de
aborto dos EUA.
De forma direta ou indireta, o
presidente dos EUA nunca perde a oportunidade de demonstrar seu apoio público
ao aborto. Sempre e em todos os momentos, Obama é pró-aborto.
O atual papa também é sempre contra
o aborto, embora nem sempre expresse suas posturas em palavras — pelo menos,
não nos momentos mais necessários.
Em 11 de abril, duas semanas após
um encontro com Obama no Vaticano, o Papa Francisco caracterizou o aborto como
um “crime revoltante” num discurso para o Movimento pela Vida da Itália.
Por que o papa não quis usar as
mesmas palavras diante de Obama é um mistério.
Na sua visita ao Brasil no ano
passado, o papa, que vem sendo elogiado de forma sistemática por Leonardo Boff,
não
quis criticar nem antes, nem durante nem depois uma lei de aborto
que Dilma Rousseff estava para sancionar. Debaixo do silêncio papal, Dilma não
teve dúvidas: assinou
a lei.
Como todos os seres humanos, João
Paulo 2º era imperfeito e limitado. Mas lutou contra o aborto e o socialismo.
Madre Teresa de Calcutá, uma das marcas católicas mais importantes da geração
de João Paulo, não perdeu a oportunidade quando estava numa reunião especial
com Bill Clinton, o presidente adúltero e pró-aborto dos EUA: ela falou, diante
de todos os convidados presidenciais, a favor da vida e contra o crime do
aborto.
Se os presidentes pró-aborto dos
EUA não têm vergonha de defender práticas homossexuais, maldades e assassinatos
de bebês em gestação e outros vulneráveis seres humanos, por que João Paulo e
Madre Teresa deveriam ficar calados? Não, eles não ficaram.
Se o Papa Francisco tivesse essa
estatura, não esperaria duas semanas depois de um encontro com Obama para
criticar o aborto. Falaria na frente, olho a olho. Reafirmaria, no momento mais
crucial, o que João Paulo frequentemente ensinava. Faria muito melhor do que
fez Madre Teresa.
Enquanto
ele não se decide, o outro
lado se sente à vontade para enviar delegações pró-aborto ao Vaticano,
afrontando com mentiras e morte diante de quem deveria ser firme na
verdade da postura pró-vida — exatamente como Madre Teresa foi.
Com informações do WND e
Breitbart.
Fonte:
www.juliosevero.com
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