O
governo do Equador indaga sobre a presença de um suposto "grupo
militar", sob ordens do Comando Sul dos Estados Unidos, que funciona na
Embaixada do país em Quito, disse neste sábado o chanceler Ricardo
Patiño.
"Encontramos algo que, devemos dizê-lo com grande
preocupação, não sabíamos e que é a existência de um grupo militar dos
EUA na Embaixada", disse Patiño em entrevista coletiva.
O chanceler falou que é algo habitual que haja adidos
militares e policiais dos países nas representações diplomáticas, mas
expressou sua preocupação com a presença desse grupo que, aparentemente,
depende também do Departamento de Defesa dos EUA.
"Ficamos sabendo há dois meses que a Embaixada americana
não só tem adidos, tem um grupo militar que depende do Comando Sul dos
Estados Unidos e do Departamento de Defesa do Governo de Washington",
insistiu Patiño.
Tal grupo seria formado por cerca de 50 militares,
embora alguns meios tenham dito que é um número menor, versão que,
segundo o chanceler equatoriano surgiu depois que alguns dos integrantes
de tal unidade deixaram o país.
O Equador está preocupado com essa presença, porque se
sabe das atividades de espionagem no mundo e "temos que ter cuidado caso
também o queiram fazer aqui", alertou Patiño.
"Não vamos permitir que se instalem equipes de
espionagem e vamos averiguar muito bem a informação em relação ao
pessoal e às equipes que eles têm aqui, para evitar que sejamos objeto
deste tipo de atropelos jurídicos em nível mundial", ressaltou.
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