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Estes são os prognósticos que neste
momento pululam na Internet e nos meios de comunicação social.
“Videntes” e “adivinhos” competem uns com os outros na apresentação das
suas versões do futuro mais imediato. Quanto mais terrível, tanto
melhor. As pessoas sempre foram atraídas por histórias acerca de um “fim
do mundo” iminente. O próprio Apocalipse bíblico é um brilhante exemplo
disso. Contudo, hoje nós não vamos falar das previsões feitas num
passado distante, mas daquilo que nos prometem os videntes modernos. As
suas “previsões” foram analisadas pela psicóloga Maria Kruglova em
conjunto com a Voz da Rússia para percebermos em quais delas podemos
acreditar.
Um dos “acontecimentos” mais
esperados do próximo ano será o princípio da Terceira Guerra Mundial.
Ela irá, alegadamente, começar por um grande conflito militar no Irã e
na Síria e que irá envolver toda a comunidade internacional, alastrando
mais tarde a todos os países do Oriente. A Coreia do Norte, que está a
aumentar a sua força, irá invadir com as suas tropas a Coreia do Sul. A
Rússia não conseguirá manter a neutralidade e se verá envolvida numa
guerra sangrenta. Maria Kruglova diz que essas “profecias” não irão,
contudo, se cumprir:
“Esse tipo de “profecias”
não tem, como é evidente, nada em comum com a clarividência. Basta ser
uma pessoa minimamente entendida da atual situação político-militar.
Esse tipo de afirmações se baseia em fatos reais, tais como a situação
extremamente instável que se vive no Oriente Médio e, apresentando esse
tipo de “profecias”, os videntes praticamente não arriscam a sua
reputação.
“Mas a diferença entre a previsão que “é
possível que comece uma guerra” e “irá começar uma guerra” é bastante
substancial e por isso é difícil levá-la a sério. Seria diferente se
esse tipo de previsões fosse feito por uma pessoa que nunca se enganou
nos seus prognósticos e que apresentasse uma data e hora certa para o
“início de uma Terceira Guerra Mundial”. Nos outros casos isso é apenas
uma conversa vaga e abstrata.”
A longa crise econômica
irá apenas se agravar em 2014, o que resultará num queda abrupta do
dólar, assim como dos preços do petróleo. Isso irá repercutir-se
negativamente nos países que extraem e exportam essa matéria-prima. As
ações de muitas grandes empresas irão perder seu valor e a quantidade de
postos de trabalho irá se reduzir. Muitas pessoas irão ficar no limiar
da falência.
“Esse tipo de “previsões” visa, em primeiro
lugar, uma audiência específica de pessoas que trabalham. Cada pessoa
se interroga até que ponto será estável a sua situação laboral e se
conseguirá alimentar a si e à sua família. Existem sempre riscos de
perder o emprego, especialmente numa situação econômica tão instável
como a que se vive neste momento. Quando existia a URSS, todos sabiam
que nunca iriam ficar sem emprego. Agora já ninguém tem essa certeza.
Por isso, o tema do desemprego e de uma crise financeira é atual e gera,
por consequência, esse tipo de “profecias”. Elas pouco têm a ver com a
realidade”, considera Maria Kruglova.
O aquecimento
global a que temos assistido nos últimos anos irá provocar uma brusca
subida do nível das águas nos oceanos em 2014. Isso irá resultar em
grandes inundações. Todas as cidades costeiras estarão ameaçadas,
especialmente Veneza, São Petersburgo e Nova York. Certas regiões da
Ásia Oriental e dos EUA poderão ser atingidas por fortes tsunamis,
tufões e furacões. Maria Kruglova comenta:
“Mais uma vez
essa “profecia” se baseia no fato conhecido que o clima se tornou
bastante mais quente do que era antes. Reparem nas condições de tempo
atípicas para o mês de dezembro que observamos em muitas regiões.
Contudo, mesmo sendo uma anomalia, ela não é grande e nunca irá provocar
um aumento “repentino” dos níveis dos oceanos. Veneza, tal como Nova
York e São Petersburgo, estão com certeza em zonas de risco, mas no
próximo ano, tal como no próximo século, essas cidades não estarão
ameaçadas. Quanto aos tufões e furacões, eles são completamente típicos
nas referidas regiões. Isso não é nenhuma novidade.”
Uma
nova epidemia de uma gripe aviária modificada irá varrer da face da
Terra um quarto da população. As cidades ficarão desertas. Isso irá
provocar um pânico generalizado. Não será possível fabricar uma nova
vacina.
“Essa “profecia” é completamente inconsistente.
A anterior epidemia de gripe aviária provocou talvez as mesmas mortes
que uma gripe vulgar. Isso nem sequer tem qualquer comparação com as
mortes anuais provocadas pelo câncer, os enfartes, os acidentes
vasculares cerebrais e outras doenças. Claro que, se um novo supervírus
desertificasse as cidades, isso iria provocar um pânico generalizado.
Mas essas fantasias não têm qualquer relação com a realidade. A medicina
atingiu um nível suficientemente elevado para evitar algo de
semelhante, nós já não vivemos na Idade Média e a ciência está muito
avançada”, diz Kruglova.
Portanto, caros leitores,
tenham uma dose razoável de ceticismo quando se depararem com todas
essas terríveis profecias para um futuro próximo. A única coisa que
precisamos saber é que, no que toca à nossa vida pessoal, tudo está nas
nossas mãos e só de nós depende como será o ano de 2014.
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