Em um comunicado, o ministério das Relações Exteriores
expressou sua rejeição "mais profunda, categórica e enérgica" ante as
declarações feitas na véspera pela porta-voz do Departamento de Estado,
Jen Psaki, que afirmou que seu país está preocupado pelos poderes
especiais concedidos a Maduro.
"Estas declarações são um novo indício da intromissão
das autoridades dos Estados Unidos nos assuntos internos de nosso país e
constituem um ato que evidencia como a oposição venezuelana executa,
com imprudência, a agenda delineada pelo Departamento de Estado
americano para desestabilizar nossa Pátria", diz o texto.
Na terça-feira, a maioria governista da Assembleia
Nacional venezuelana aprovou uma denominada "lei habilitante" que
concede amplos poderes a Maduro para levar adiante o que apresentou como
sua guerra econômica, combater a corrupção e impulsionar uma "ordem
econômica de transição ao socialismo".
Segundo a chancelaria venezuelana, os Estados Unidos têm
um "grave desconhecimento da realidade de nosso país" e afirma que a
Constituição legal contempla a habilitação de um presidente para ditar
decretos e leis mediante poderes especiais.
Na quarta-feira, Psaki disse em Washington que a medida,
embora "seja permitida pela Constituição na Venezuela (...), não é boa
porque, segundo pensamos, é importante que as pessoas tenham voz em
qualquer processo de tomada de decisão".
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