O Lijian representa a terceira geração de aeronaves espiãs da China
A Força Aérea da China estreou em um voo teste seu
primeiro avião não tripulado (drone), o Lijian, com o qual a potência
asiática incorpora uma tecnologia que até agora era restrita aos EUA,
Reino Unido e França, informou nesta sexta-feira o jornal South China
Morning Post.
O voo inaugural do drone chinês, realizado na tarde de
ontem, durou aproximadamente 20 minutos e marcou o início de uma
tecnologia que ajudará o país asiático a "obter dados de inteligência
nos mares do leste e o sul da China", onde as autoridades do país
asiático mantêm tensas disputas territoriais com seus vizinhos.
"O novo drone é capaz de voar sem ser detectado em
grandes alturas, oferecendo imagens de alta resolução e outros dados de
inteligência", assinalou ao jornal chinês o ex-comandante do Exército
chinês Xu Guangyu.
O Lijian representa a terceira geração de aeronaves
espiãs da China, depois que o Exército comunista estreasse em 2011 seu
primeiro aparelho expressamente desenhado para espionagem, o J-20, que,
um ano depois, foi acompanhado pelo J-31.
De acordo com a fonte citada, o Lijian é similar ao
protótipo X-78B das Forças Aéreas americanas e foi produzido em conjunto
pelas firmas chinesas Shenyang e Hongdu.
Informações divulgadas na imprensa estrangeira em 2011
asseguravam que a China copiou parte da tecnologia do F-117 Nighthawk,
que foi derrubado na Sérvia durante os bombardeios da Otan em 1999, nos
quais um dos alvos bombardeados foi a Embaixada chinesa em Belgrado,
algo que Washington atribuiu a um erro.
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