A
Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em
inglês) monitorou ligações de pelo menos 35 líderes mundiais, informa nesta quinta-feira o jornal The Guardian.
Segundo a publicação britânica, que se baseia em informações do
ex-contratado da inteligência americana Edward Snowden, a NSA decidiu
espionar estes líderes depois que um oficial forneceu uma lista com 200
contatos telefônicos.
A lista telefônica na qual constavam os contatos foi
fornecida por um oficial de um departamento não pertencente à NSA. A
agência, apontam os dados de Snowden, encorajava oficiais de outros
setores a compartilhar seus contatos, alguns dos quais passavam para o
seu sistema de monitoramento.
Não se sabe quais líderes foram alvo da NSA, que está no
cerne de um escândalo de espionagem mundial levado a público por
Snowden ao longo dos últimos meses. Tampouco foi informada a identidade
ou o cargo do oficial que teria repassado a lista.
A informação chega na esteira de uma má semana para a
imagem dos Estados Unidos na Europa. Na terça-feira, o jornal francês Le
Monde publicou que a NSA realizou 70,3 milhões de gravações de dados
telefônicos de franceses em um período de 30 dias entre dezembro de 2012
e janeiro de 2013. Um dia depois, a revista alemã Der Spiegel divulgou
que há suspeitas de que a chanceler Angela Merkel tenha sido alvo de
espionagem.
À acusação francesa, os EUA responderam que "todos os
países espionam"; no caso alemão, os americanos nem negam nem confirmam
que o telefone de Merkel tenha sido espionado.
FONTE:
TERRA BRASIL
Casa Branca se nega a dizer se os EUA espionaram Merkel
A Casa Branca negou-se nesta quinta-feira a dizer se os
Estados Unidos espionaram a chanceler alemã Angela Merkel, em meio às
notícias de que Washington grampeou o celular da chefe de Governo da
Alemanha. O porta-voz Jay Carney disse que a Casa Branca "não vai entrar
em alegações específicas que foram feitas em relatórios públicos".
Carney indicou que durante uma conversa telefônica entre
Obama e Merkel, "o presidente assegurou à chanceler que os Estados
Unidos não espionam, e não espionarão as comunicações da chanceler".
Nesta quinta, a Alemanha convocou o embaixador americano
em Berlim ante as suspeitas de espionagem. "É correto que o embaixador
americano foi convocado para uma reunião esta tarde com o ministro das
Relações Exteriores Guido Westerwelle. No momento será apresentada
claramente a posição do governo alemão", afirmou a porta-voz,
confirmando uma informação divulgada pelo site da revista Der Spiegel.
Pressionado sobre o tema, Carney reiterou que os EUA se
reservam o direito de realizar vigilâncias eletrônicas e que Obama já
iniciou uma revisão das atividades de coleta de inteligência a fim de
equilibrar as necessidades de segurança com os direitos legítimos à
privacidade.
Outros países aliados dos EUA, como Brasil, França e
México, também já se queixaram das atividades norte-americanas de
espionagem que começaram a vir à tona em junho, a partir de documentos
revelados pelo ex-técnico de inteligência Edward Snowden, asilado na
Rússia.
Carney admitiu que "isso é claramente uma fonte de tensão em algumas das nossas relações".
FONTE:
TERRA BRASIL
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