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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

NSA monitorou ligações de 35 líderes mundiais, diz jornal

A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) monitorou ligações de pelo menos 35 líderes mundiais, informa nesta quinta-feira o jornal The Guardian. Segundo a publicação britânica, que se baseia em informações do ex-contratado da inteligência americana Edward Snowden, a NSA decidiu espionar estes líderes depois que um oficial forneceu uma lista com 200 contatos telefônicos.
A lista telefônica na qual constavam os contatos foi fornecida por um oficial de um departamento não pertencente à NSA. A agência, apontam os dados de Snowden, encorajava oficiais de outros setores a compartilhar seus contatos, alguns dos quais passavam para o seu sistema de monitoramento.
Não se sabe quais líderes foram alvo da NSA, que está no cerne de um escândalo de espionagem mundial levado a público por Snowden ao longo dos últimos meses. Tampouco foi informada a identidade ou o cargo do oficial que teria repassado a lista.
A informação chega na esteira de uma má semana para a imagem dos Estados Unidos na Europa. Na terça-feira, o jornal francês Le Monde publicou que a NSA realizou 70,3 milhões de gravações de dados telefônicos de franceses em um período de 30 dias entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013. Um dia depois, a revista alemã Der Spiegel divulgou que há suspeitas de que a chanceler Angela Merkel tenha sido alvo de espionagem.
À acusação francesa, os EUA responderam que "todos os países espionam"; no caso alemão, os americanos nem negam nem confirmam que o telefone de Merkel tenha sido espionado.

FONTE:
TERRA BRASIL


Casa Branca se nega a dizer se os EUA espionaram Merkel

Indícios apontam que os EUA teriam espionado o celular de Angela Merkel Foto: Reuters
Indícios apontam que os EUA teriam espionado o celular de Angela Merkel
Foto: Reuters
A Casa Branca negou-se nesta quinta-feira a dizer se os Estados Unidos espionaram a chanceler alemã Angela Merkel, em meio às notícias de que Washington grampeou o celular da chefe de Governo da Alemanha. O porta-voz Jay Carney disse que a Casa Branca "não vai entrar em alegações específicas que foram feitas em relatórios públicos".
Carney indicou que durante uma conversa telefônica entre Obama e Merkel, "o presidente assegurou à chanceler que os Estados Unidos não espionam, e não espionarão as comunicações da chanceler". 
Merkel ao telefone
AFP
O assunto é sério, mas também sempre dá tempo para uma piada. Logo depois da notícia da possível espionagem ser divulgada, as agências de fotos republicaram fotos de arquivo em que a chanceler aparece ao telefone. Clique na imagem e confira. 
Nesta quinta, a Alemanha convocou o embaixador americano em Berlim ante as suspeitas de espionagem. "É correto que o embaixador americano foi convocado para uma reunião esta tarde com o ministro das Relações Exteriores Guido Westerwelle. No momento será apresentada claramente a posição do governo alemão", afirmou a porta-voz, confirmando uma informação divulgada pelo site da revista Der Spiegel.
Pressionado sobre o tema, Carney reiterou que os EUA se reservam o direito de realizar vigilâncias eletrônicas e que Obama já iniciou uma revisão das atividades de coleta de inteligência a fim de equilibrar as necessidades de segurança com os direitos legítimos à privacidade.
Outros países aliados dos EUA, como Brasil, França e México, também já se queixaram das atividades norte-americanas de espionagem que começaram a vir à tona em junho, a partir de documentos revelados pelo ex-técnico de inteligência Edward Snowden, asilado na Rússia.
Carney admitiu que "isso é claramente uma fonte de tensão em algumas das nossas relações".

FONTE:
TERRA BRASIL

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