Jornalista postou uma imagem do jornal espanhol El Mundo de amanhã que traz na manchete a mais nova revelação sobre a espionagem da NSA
O
jornalista americano Glenn Greenwald afirmou neste domingo que a
Espanha será o próximo país envolvido nas revelações a respeito
da espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados
Unidos. O jornalista postou uma imagem no Twitter que mostra a capa do
jornal espanhol El Mundo de segunda-feira. A manchete: "NSA espionou 60
milhões de chamadas telefônicas na Espanha em apenas um mês".
Um pouco antes, o jornalista Greenwald havia
afirmado que "um grande país" descobriria amanhã que seus cidadãos foram
monitorados pela agência americana. O jornalista ficou conhecido
mundialmente pela série de reportagens baseadas nos dados sigilosos
vazados pelo ex-agente da NSA Edward Snowden. A Espanha é o caso mais
recente.
"Mais um grande país descobrirá, amanhã de manhã,
quantos milhões de seus cidadãos tiveram seus dados de comunicação
interceptados pela NSA", havia dito Greenwald, sem especificar o país ou
a publicação que faria as revelações. As únicas pistas dadas pelo
jornalista foram negativas a perguntas de internautas sobre a França e a
Índia - países já citados em reportagens anteriores.
Escutas na Alemanha
Neste fim de semana, reportagem do jornal alemão Bild am Sonntag afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi informado pessoalmente que o telefone celular da chanceler alemã Angela Merkel estava sob escuta, uma espionagem que pode ter começado em 2002. Segundo a reportagem, fontes da inteligência americana afirmaram que o diretor da NSA, Keith Alexander, revelou a operação contra Merkel em 2010. "Obama não encerrou a operação, e sim permitiu que continuasse", destaca o jornal, que também cita um alto funcionário da NSA.
Neste fim de semana, reportagem do jornal alemão Bild am Sonntag afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi informado pessoalmente que o telefone celular da chanceler alemã Angela Merkel estava sob escuta, uma espionagem que pode ter começado em 2002. Segundo a reportagem, fontes da inteligência americana afirmaram que o diretor da NSA, Keith Alexander, revelou a operação contra Merkel em 2010. "Obama não encerrou a operação, e sim permitiu que continuasse", destaca o jornal, que também cita um alto funcionário da NSA.
A revista Der Spiegel informa na edição desta semana que
documentos da NSA revelaram que o telefone de Merkel figurava em uma
lista de alvos que deveriam ser espionados desde 2002, e permanecia sob
vigilância poucas semanas semanas antes da visita de Obama a Berlim em
junho. O escândalo de espionagem levou os dirigentes europeus a exigir
um novo acordo com os Estados Unidos sobre a obtenção de informações de
inteligência, ao mesmo tempo em que prossegue a luta contra o
terrorismo.
Em resposta à reportagem, a NSA desmentiu as informações
e garantiu que, em nenhum momento, Obama foi informado de uma eventual
espionagem a Merkel. O diretor da NSA, general Keith Alexander, "não
falou com o presidente Obama em 2010 sobre uma suposta operação de
inteligência que envolveria a chanceler Merkel e nunca falou de qualquer
operação que a envolvesse. As versões da imprensa que asseguram o
contrário não são corretas", afirma um porta-voz da agência.
A Alemanha enviará altos funcionários do serviço de
inteligência aos Estados Unidos na próxima semana para exigir respostas
sobre as acusações de que os serviços secretos americanos monitoravam o
celular de Merkel, um caso que ameaça afetar as relações
transatlânticas.
Na quarta-feira passada, Merkel questionou Obama por
telefone sobre o caso e afirmou que espionar aliados seria um "abuso de
confiança" entre sócios internacionais. Após as acusações, o governo
alemão convocou o embaixador americano, uma iniciativa sem precedentes
entre os dois aliados.
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