Você sabia que humanidade está em um momento crucial de vida ou
morte? Alguém falou disso com você hoje? Estou falando aqui da usina de Fukushima, o maior acidente nuclear desde Chernobyl, local onde até hoje não se pode devido a altas taxas de radiação.
O reator de Fukushima está prestes a desabar
Essa semana a Tepco, ou Tokyo Electric, que era a empresa proprietária da usina nuclear de Fukushima,
informou que já está prestes a começar uma tentativa de remoção de
1.300 tubos de combustível de um dos tanques que está ferrado a 50
metros do chão.
Este tanque está no alto de um prédio todo arrebentado. A construção
está prestes a desabar, além de suas estruturas já estarem afundando no
solo e entortando o prédio, todo mundo já sabe que é questão de tempo
para ela ruir de vez.
Imagem
O problema do prédio e a “piscina radiativa” que tinha dentro dele,
que abastecia o reator nuclear da Usina. A piscina tem quase 400
toneladas de combustível nuclear, que quando derramar irá espalhar 15
mil vezes mais radiação do que foi derramada em Hiroshima e Nagasaki.
Segundo a imprensa internacional, a Tepco não
tem dinheiro para bancar a operação de remoção dos resíduos
contaminantes. Aliás, talvez ninguém tenha, e nem os Governos mundiais
vão querer ajudar.
Porque para retirar todo esse lixo radiativo teria que ser uma missão
insana que demandaria um esforço a nível mundial. Só que está todo
mundo mais preocupado se vai ou não comprar o PS4 não é mesmo? A galera
que vive em um mundo alienado não faz nem ideia do que estamos falando
aqui, sobre os milhões de litros de água radioativa contaminada que já
vazaram na região, onde está a usina de Fukushima desde
que a usina foi arruinada por um Tsunami em 2011. Segundo alguns
relatos, provavelmente americanos já estão respirando o ar radioativo
provenientes de Fukushima.
A situação vai piorar em questão de tempo
Nos últimos meses já foram encontrados centenas de peixes contaminados pela radiação de Fukushima na
Califórnia. Isso é apenas o começo de um evento que pode ser a nível
mundial. O governo japonês percebendo essa situação emergencial já
proibiu a pesca na região da Usina, porque já foi encontrados peixes com
níveis de radiação até 10 vezes maior que o nível normal. Só que o
peixe não fica parado, né amiguinho. Os cardumes se deslocam pelo
oceano, e nem mesmo a água no oceano esta parada. Isso tem contribuído
para a radiação se espalhar até pelas costas brasileiras.
Porque não param de jogar água radioativa no mar?
Na verdade os caras estão tentando de tudo para parar esse vazamento,
mas a situação está tão critica que não tem o que fazer. A empresa
responsável pela usina precisa primeiramente resfriar os núcleos dos
reatores nucleares. Mas não é apenas um reator, são três que estão
comprometidos. O pior de tudo isso é que os reatores viraram uma bomba
nuclear a céu aberto, se eles não resfriarem os reatores, ele vai
explodir estilo Nagasaki e Hiroshima, sacou?
Os especialistas em desastres nucleares concluíram que o vapor que
está ainda saindo dos reatores desde 2011, indica que ainda está
ocorrendo o processo de fissão nuclear dentro dos reatores. Eles relatam
que provavelmente está reação está ocorrendo no subsolo dos reatores,
mas até agora ninguém sabe onde. Mas mesmo que eles descubram onde é,
seria impossível algum ser humano chegar nesse local (morreria
rapidamente questões de minutos).
Para conseguir realizar está tarefa o Japão está numa corrida tecnológica para a criação de um robô humanóide para realizar este perigoso trabalho. Existe outro problema grave em Fukushima (como
se já não houvesse um monte), a água jogada nos reatores para
resfriá-los fica extremamente contaminada, e armazenada em tanques. Mas
eles foram construídos meio que “nas coxas”, devido à situação
emergencial e eles pode causar outra catástrofe, isso porque eles são
frágeis.
Em caso de um terremoto mais forte, os tanques podem se romper,
produzindo uma piscina radioativa, que poderia atingir boa parte da
população do Japão. A notícia ruim e que parece, que alguns desses
tanques já estão vazando. O lugar também virou uma “bomba relógio”.
Se você acha que eu já dei todas as más notícias, espere só até saber
que a apenas 50 metros da unidade 4 existem mais de 6.000 varas de
combustível em um tanque. Alguma dessas varas contém plutônio. Este
tanque não tem nenhuma contenção extra, está vulnerável à perda do
isolamento estrutural, e o colapso de algum prédio próximo, outro
terremoto, Tsunami, ou seja, lá que merda que possa dar, tem risco dele
ser atingido e produzir uma reação nuclear em cadeia. Mas ainda não é
tudo! Sabe-se que há pelas redondezas do complexo nuclear de Fukushima mais
de 11.000 varas de combustível espalhadas por lá. Um especialista
chamado Robert Alvarez, do departamento de energia do Japão disse:
“Há cerca de 90 vezes mais césio no local do que o que foi liberado
em Chernobyl. Pontos de radioatividade continuam sendo encontrados em
todo o Japão. Já há indicações de áreas com grande incidência de
problemas na tireóide de crianças.”
Mas por que não tiram essas varas de lá?
Aí que está o X do problema. As varas são bombas potenciais. Se elas
não estiverem submersas, elas podem, em contato com o ar, explodir! O
combustível dessas varas é revestido em uma liga de zircônio que pega
fogo em contato com o ar. O Zircônio queima em uma temperatura
absurdamente quente. Cada bastão desses 11.000 emite radiação o
suficiente para matar alguém próximo em questão de poucos minutos.
Se apenas um deles pegar fogo, vai ser uma tragédia das grandes. Todo
mundo tem que dar no pé, porque ninguém é burro. Arnie Gunderson, uma
engenheira nuclear com quarenta anos de experiência na fabricação de
varas de combustível nuclear alertou que as varas que estão dentro do
reator da unidade quatro estão tortas, danificadas e trincadas já ao
ponto de quebrarem. As câmeras mostraram quantidades preocupantes de
destroços no tanque de combustível, que já parece estar bem danificado.
O problema é este. Eles precisam correndo esvaziar este tanque, mas
se as barras forem expostas ao ar elas pegarão fogo, liberando
quantidades monumentais de radiação para a atmosfera. Se ela explodir,
pode abalar a estrutura física do prédio que já não está “lá essas
coisas”. Aí o pior seria o tanque vir abaixo, derrubando as varas juntas
em uma pilha que – Aí é a merda completa – ativaria o processo de
fissão e explodiria, produzindo uma nuvem radioativa incomensurável, que
ameaçaria a segurança e saúde do mundo todo.
Se a nuvem resultante chega às camadas mais altas da atmosfera, ela
vai encontrar uma área de vento constante que dá a volta no planeta.
Isso levaria radiação “pra tudo que é lado”. Pra você ter uma ideia do
poder do vento, os primeiros vestígios de radiação que Chernobyl chegou
lá na Califórnia em cerca de dez dias.
Os vestígios de Fukushima chegaram
em menos de uma semana. Se manobra que eles vão tentar fazer der
errado, um novo incêndio no tanque de combustível do reator quatro pode
liberar uma catástrofe nuclear num nível nunca antes visto no nosso
planeta. Estaríamos expostos à radiação venenosa por séculos. O
ex-embaixador Mitsuhei Murada disse que se esta operação der errado,
ela:
Destruirá o ambiente mundial e nossa civilização.
Sentiu a pressão?
Não é atoa. A situação está critica e tem gente “tampando o sol com
peneira”. Segundo Eriko, Membro da Câmara de Vereadores (Direita
Nacional do Japão), disse numa entrevista com Katsutaka Idogawa,
prefeito de Futaba, que o governo japonês tem agido de forma canalha com
o povo. Muita gente tem relatado que pedem exames, mas o governo se
nega a realizá-los. Até o prefeito disse que está tendo sangramento
nasal diário, seu cabelo caiu e eles não permitem que ele faça exames de
saúde adequados.
Hoje, na atual conjuntura, nem a Tokyo Electric ou
o governo do Japão podem fazer a limpeza dessa área sozinha. A única
esperança seria um esforço em conjunto mundial dos melhores engenheiros e
cientistas disponíveis, o que, para nosso medo supremo, não deve
acontecer, porque cada país ta mais preocupada com suas questões
mundanas.
Os EUA estão em briga econômica, definido entre dar calote ou não nos credores de dívida, a Rússia está
preocupada com a crise dos gasodutos na Síria, a união européia só
pensa na crise do Euro e na briga entre Alemanha e países ferrados
economicamente. A América do sul é o “A lek lek lek” de sempre, o Canadá
não parece estar nem aí, e a China e Coréia estão resolvendo problemas internos.
O que você pode fazer?
Bom, quer dizer, eu acho que o melhor que podemos fazer é cuidarmos
de nossa alma, afinal, vc sabe pra onde vai após a morte? Devemos
também, passar horas úteis da nossa vida, vivendo experiências
interessantes na companhia de pessoas que amamos, amigos, parentes, e
fazendo o bem ao nosso próximo. Se esconder em casa com medo seria
burrice e totalmente inútil. Mas antes que me acusem de disseminar o
pânico com notícias alarmistas, é importante ver os dois lados da moeda.
A coisa pode não ser tão ruim quanto parece
Recentemente, o chefe da agência nuclear do Japão criticou a operadora da usina de Fukushima por
sua incapacidade para explicar adequadamente os problemas, o que
segundo ele, estava inflando os temores ao redor do mundo. Shunichi
Tanaka, presidente da Autoridade de controle nuclear, disse que a
informação dada pela Tokyo Electric Power (TEPCO)
sobre o nível de contaminação radioativa era “cientificamente
inaceitável”.Ele também criticou a cobertura da mídia sobre a série de
vazamentos de água contaminada, dizendo que os relatórios estavam dando
uma falsa impressão da gravidade da situação na usina atingida. Para
ele, as coisas não estão tão más. As criticas de Tanaka vieram após a TEPCO anunciar que detectou um hotspot com uma leitura de 2.200 millisieverts por hora.
“O que TEPCO está falando é o nível de contaminação, descrevendo-o com ‘millisieverts por hora” e essa unidade é cientificamente inaceitável. É como descrever o quanto pesa algo usando centímetros, disse ele, acrescentando que a unidade “becquerel” era mais apropriada. A TEPCO confirmou que uma leitura de 2.200 millisieverts por hora seria suficiente para matar uma pessoa em questão de horas. Mas especialistas salientaram que esta leitura é feita muito próxima da fonte da radiação. Ela cai drasticamente, para 40 millisieverts por hora a apenas 50 centímetros de distância.”
Segundo ele, o tipo de radiação que está sendo emitida é de energia
muito baixa, o que significa que essa radiação não é capaz de penetrar
no corpo facilmente. Isso significa que enquanto que a dose pode
realmente ser fatal para uma pessoa pelada nadando na piscina do reator,
ela seria pouco perigosa para um trabalhador equipado com traje de
proteção a uma distância segura. Tanaka disse que a cobertura da mídia
no episódio de Fukushima tem sido prejudicial ao país.
O Japão recebe críticas do exterior por causa de informações erradas,
disse ele aos repórteres. Segundo Tanaka, os temores de uma catástrofe
ambiental de vazamentos de água radioativa foram exagerados. Pelo que
podemos ver a partir de dados existentes, até agora não há nenhum efeito
significativo sobre o Pacífico.
Milhões de litros de água radioativa estão sendo armazenados em tanques temporárias em Fukushima,
220 km ao norte da capital japonesa. A maior parte da água foi usada
para resfriar reatores derretidos no acidente do tsunami de março de
2011. Com a descoberta dos vazamentos de alguns desses tanques, e nas
tubulações de alimentação, surgiu um sentimento crescente de crise na
mente do público. Cientistas independentes geralmente concordam com
Tanaka sobre a importância de distinguir entre o nível de contaminação
em pontos quentes radioativos e seu impacto efetivo sobre o meio
ambiente.
Os vazamentos de radiação no local de Fukushima são
muito preocupantes. Mas até agora os lançamentos para o Oceano Pacífico
foram muito menores do que no acidente, disse Jim Smith, professor de
Ciência Ambiental da Universidade britânica de Portsmouth. Paddy Regan,
Professor de Física Nuclear da Universidade de Surrey, chegou a dizer
que água tóxica contém radiação “beta”, que é mais fraca do que a
radiação “gama”. Os trabalhadores podem chegar perto da fonte de
radiação beta, sem um perigo significativo radiológico, disse Regan.
Tanaka disse que a Tepco não
tinha experiência em monitoramento de radiação. “Talvez tenhamos que
levá-los pela mão e ensiná-los o passo-a-passo”, disse ele. Pelo que
podemos ver, o funcionário do governo está preocupado com o modo como o
problema de radiação no Japão está sendo mostrado ao mundo. Ele diz que
os caras da Tepco são tapados, o que me deixa um pouco preocupado, pois
quem está trabalhando na desmontagem do circo dos horrores são eles.
Seja como for, muitos cientistas não estão tão preocupados.
A operação de remoção do combustível radioativo presente no reator 4,
o único que não estava em funcionamento quando o complexo foi atingido
pela tsunami começa no mês que vem, mas segundo Ennio Peres da Silva,
coordenador do laboratório de hidrogênio, que é ligado ao Instituto de
Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realmente existe
um risco de acidente durante a operação, mas ele é reduzido. Segundo
ele, o tal acidente poderá ser provocado apenas se ocorrer uma falha
humana de operação. Ele avalia que:
Se tivesse que explodir, já teria acontecido há muito tempo.
O colapso da usina de Fukushima não foi causado pelo terremoto, mas
sim porque o tremor cortou as linhas de energia que mantinham ligado o
sistema de refrigeração dos reatores. Um segundo sistema, acionado por
geradores a diesel, passariam a funcionar, mas eles foram afetados pela
água do mar trazida no tsunami. Após as explosões nos reatores, 55% do
núcleo do reator 1 derreteu, 35% do reator 2 teve o mesmo destino, assim
como 30% do reator 3. O calendário proposto pela Tepco e governo do
Japão prevê que a desmontagem total do complexo de Fukushima (além de
descontaminação do solo) só deve ocorrer mesmo até 40 anos após a
explosão de 2011, ou seja, só em meados de 2051!
O reator 4 do complexo de Fukushima não estava em funcionamento
quando ocorreram o terremoto e tsunami, mas dentro dele estavam
armazenados 1.331 elementos combustíveis que já haviam sofrido
irradiação (passaram pelo núcleo do reator e participaram do processo de
geração de energia) e outros 204 novos que ainda não foram usados.
Essas barras de combustível precisam ficar armazenadas, separadamente,
em piscinas cheias de água para que diminuam os níveis radioativos
desses elementos e, conseqüentemente, reduzam sua temperatura.
Segundo Silva, um acidente só ocorreria se, durante o processo de
limpeza do reator 4, essas barras, por acidente, fossem colocadas muito
próximas umas das outras.Neste caso, ocorreria a formação de uma massa
crítica (acúmulo de urânio em determinado espaço) dando início a uma
reação em cadeia de fissão nuclear (quebra do núcleo de um átomo em dois
outros menores)
A professora Emico Okuno, professora do departamento de Física
Nuclear da Universidade de São Paulo (USP), reforça que a operação é
“dificílima”, mas que a probabilidade de ocorrer uma reação em cadeia “é
muito pequena”. Emico diz ainda que o combustível colocado na piscina,
após ser retirado do reator, ficou fraco e “economicamente não viável”.
Luís Antônio Albiac, do Instituto de Pesquisas Energéticas e
Nucleares (Ipen) também considera baixo o risco de acidente da operação
de limpeza.Seja como for, ficamos na torcida para que as más notícias
provenientes do Japão se restrinjam ao alto preço do Playstation 4 no
Brasil.
Edição: Os Bastidores do Planeta
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