O WikiLeaks vazou no sábado, no Facebook e no Twitter, 400 GB de dados encriptados, que só podem ser lidos com a chave correta. Ativistas do site de vazamentos acreditam que o código pode ser publicado depois, se algo acontecer aos líderes do movimento, segundo o site RT.
A organização descreveu os dados publicados como "um seguro" para "anular tentativas de restrições antecipadas", segundo a conta do site no Twitter. A encriptação seria necessária para evitar tentativas de bloquear vazamentos, como já aconteceu.
É comum o WikiLeaks lançar documentos encriptados e depois divulgar a chave de decodificação, mas o que atraiu a atenção é o tamanho do arquivo. No Facebook, seguidores da organização supõem que a chave pode ser divulgada dependendo do que aconteça com o fundador do site, Julian Assange, ou com o ex-agente da CIA que revelou a espionagem em massa da agência nacional de segurança (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden.
O WikiLeaks ajudou Snowden a negociar o asilo temporário na Rússia depois que ele informou à imprensa sobre o esquema de coleta de dados do governo americano. Sobre as informações divulgadas hoje, o WikiLeaks diz que são apenas a ponta do iceberg.
Snowden não pode revelar mais dados que "prejudiquem" os EUA, por causa do acordo que fez para ganhar asilo russo. O ex-CIA passou um mês no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, depois que os EUA invalidaram seu passaporte. Os EUA expediram pedido de extradição, acusando Snowden de espionagem, e consideram o ex-agente um fugitivo.
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