Por AFP
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Os Estados Unidos são o país que mais pediu dados de usuários ao Facebook no primeiro semestre de 2013, quando mais de 70 países solicitaram informações ao site de rede social, divulgou nesta quarta-feira a empresa, sediada na Califórnia
SAN FRANCISCO (AFP) - Os Estados Unidos são o país que mais pediu dados de usuários ao Facebook no primeiro semestre de 2013, quando mais de 70 países solicitaram informações ao site de rede social, divulgou nesta quarta-feira a empresa, sediada na Califórnia.
O Facebook divulgou nesta terça-feira, em seu primeiro "boletim transparente", que dos 25.000 pedidos recebidos pela empresa nos primeiros seis meses do ano, o governo americano liderou as solicitações de informação sobre os usuários da rede social.
O governo dos Estados Unidos formulou entre 11.000 e 12.000 solicitações, que afetavam entre 20.000 e 21.000 internautas.
Segundo os números divulgados, os outros 14.800 pedidos foram feitos por 70 países durante várias investigações governamentais, sendo a Índia o segundo país da lista, com 3.245 sobre 4.144 usuários.
O Facebook explicou que o informe inclui "tanto petições criminais como sobre segurança nacional", mas não ofereceu um detalhamento dos dados.
"Informamos os números de todas as petições criminais e de segurança nacional no maior alcance permitido pela lei", indicou a rede social em comunicado.
"Continuaremos pressionando o governo dos Estados Unidos para que permita mais transparência sobre essas solicitações, incluindo mais detalhes em relação à quantidade e ao tipo de solicitação sobre segurança nacional. Publicaremos informações atualizadas sobre os Estados Unidos enquanto tivermos autorização para fazê-lo", afirmou o Facebook.
A rede social divulgou esses números no momento em que há uma grande pressão sobre as principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos para que forneçam mais informações sobre sua colaboração à agência de espionagem NSA, autora do controverso programa de espionagem Prism.
Google, Microsoft e Twitter já divulgaram essas informações.
As empresas, dentre elas o Facebook, tentaram publicar mais informações sobre os pedidos feitos pelo governo americano de forma a fortalecer a confiança de seus usuários.
"A transparência e a confiança são os valores básicos do Facebook", afirmou o principal conselheiro da rede social, Colin Stretch, citado no comunicado.
"Nos esforçamos para fazê-los entender (os usuários) todos os aspectos de nossos serviços, incluindo nossa estratégia para atender aos pedidos dos governos sobre informação. Queremos garantir que quem utiliza nossos serviços entende a natureza e o alcance das petições que recebemos e as políticas que temos para gerenciá-las", explicou Stretch.
O Facebook forneceu dados ao governo dos Estados Unidos sobre 79% dos pedidos recebidos. Segundo a rede social, no país é preciso de uma "citação válida", uma ordem judicial ou uma ordem de registro. No caso da Índia, a empresa atendeu a menos de 50% dos casos.
Em relação a outros países, o Facebook explicou: "Divulgamos informações sobre usuários apenas de acordo com nossos termos de serviço e com a aplicação da lei".
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