O governo destacou oficiais de inteligência para acompanhar, por meio do Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp, a movimentação dos manifestantes
REUTERS/Ueslei Marcelino
Manifestante usando máscara de Guy Fawkes em frente a cordão de isolamento da tropa de choque da Polícia Militar no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.
São Paulo - Sem detectar as manifestações combinadas pelas redes sociais e que nesta quinta-feira, 20, terão como alvo o Palácio do Planalto, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) montou às pressas uma operação para monitorar a internet.
O governo destacou oficiais de inteligência para acompanhar, por meio do Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp, a movimentação dos manifestantes. A avaliação na agência é de que as tradicionais pastas do governo que tratavam de articulação com a sociedade civil perderam a interlocução com as lideranças sociais.
A decisão foi tomada após uma crise entre assessores civis da presidente Dilma Rousseff e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que não teria alertado o Planalto das manifestações da semana passada em São Paulo e que desencadearam em uma onda de protestos no Brasil.
Nos últimos dois meses, os agentes da Abin e de outros órgãos de inteligência foram deslocados para a segurança da Copa das Confederações, negligenciando outras áreas.
Com a eclosão da crise, o potencial das manifestações passou a ser medido e analisado diariamente pelo Mosaico, um sistema online de acompanhamento de cerca de 700 temas definidos pelo ministro-chefe do GSI, general José Elito.
Nos relatórios, os oficiais da agência tentam antecipar o roteiro e o tamanho dos protestos, infiltrações de grupos políticos e até supostos financiamento dos eventos. "O monitoramento, acompanhamento dos assuntos nacionais é dever de todos nós, independentemente de qualquer assunto", disse o ministro.
O GSI colocou grades duplas em torno do Palácio do Planalto para reforçar a segurança em preparação para um protesto marcado para hoje. Em dias de manifestações, as instalações presidenciais são protegida na parte interna, pelos seguranças do GSI e pela Polícia do Exército, e, na parte externa, pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Manifestações
Embora o governo tenha anunciado nesta quarta-feira à noite a redução das tarifas do transporte público no Rio, ativistas sairão em um novo protesto nesta quinta-feira à tarde no centro. A concentração será às 17 horas em frente à Igreja da Candelária. A ideia é ir até a sede administrativa da prefeitura e fazer vigília durante a madrugada. Mais de 350 mil pessoas já haviam confirmado presença no ato, por meio das redes sociais.
"Estamos felizes com a redução da tarifa, e o ato desta quinta deve ser uma comemoração, mas a luta está só começando. Exigimos tarifa zero", disse Raphael Godoi, um dos líderes. Em Porto Alegre, uma nova manifestação está programada para a noite desta quinta, no Paço Municipal. O ato será acompanhado pela Brigada Militar. O governador Tarso Genro (PT) disse que manifestações c são um sinal de "vitalidade da sociedade", mas pediu que quem for ao ato de amanhã não faça depredações.
Em Salvador, a manifestação desta quinta contra o aumento de tarifas deve passar perto Arena Fonte Nova, onde Nigéria e Uruguai se enfrentam pela Copa das Confederações. O governador Jaques Wagner (PT) já se disse favorável às manifestações populares, mas alerta que abusos serão coibidos. "A orientação (da PM) é preservar a integridade de todos, esperando a mesma postura dos manifestantes." ( Colaboraram Heloisa Aruth Sturm, Marcelo Gomes, Fábio Grellet, Elder Ogliari, Tiago Décimo e Vitor Villar)
FONTE:
REUTERS/Ueslei Marcelino
Manifestante usando máscara de Guy Fawkes em frente a cordão de isolamento da tropa de choque da Polícia Militar no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.
São Paulo - Sem detectar as manifestações combinadas pelas redes sociais e que nesta quinta-feira, 20, terão como alvo o Palácio do Planalto, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) montou às pressas uma operação para monitorar a internet.
O governo destacou oficiais de inteligência para acompanhar, por meio do Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp, a movimentação dos manifestantes. A avaliação na agência é de que as tradicionais pastas do governo que tratavam de articulação com a sociedade civil perderam a interlocução com as lideranças sociais.
A decisão foi tomada após uma crise entre assessores civis da presidente Dilma Rousseff e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que não teria alertado o Planalto das manifestações da semana passada em São Paulo e que desencadearam em uma onda de protestos no Brasil.
Nos últimos dois meses, os agentes da Abin e de outros órgãos de inteligência foram deslocados para a segurança da Copa das Confederações, negligenciando outras áreas.
Com a eclosão da crise, o potencial das manifestações passou a ser medido e analisado diariamente pelo Mosaico, um sistema online de acompanhamento de cerca de 700 temas definidos pelo ministro-chefe do GSI, general José Elito.
Nos relatórios, os oficiais da agência tentam antecipar o roteiro e o tamanho dos protestos, infiltrações de grupos políticos e até supostos financiamento dos eventos. "O monitoramento, acompanhamento dos assuntos nacionais é dever de todos nós, independentemente de qualquer assunto", disse o ministro.
O GSI colocou grades duplas em torno do Palácio do Planalto para reforçar a segurança em preparação para um protesto marcado para hoje. Em dias de manifestações, as instalações presidenciais são protegida na parte interna, pelos seguranças do GSI e pela Polícia do Exército, e, na parte externa, pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Manifestações
Embora o governo tenha anunciado nesta quarta-feira à noite a redução das tarifas do transporte público no Rio, ativistas sairão em um novo protesto nesta quinta-feira à tarde no centro. A concentração será às 17 horas em frente à Igreja da Candelária. A ideia é ir até a sede administrativa da prefeitura e fazer vigília durante a madrugada. Mais de 350 mil pessoas já haviam confirmado presença no ato, por meio das redes sociais.
"Estamos felizes com a redução da tarifa, e o ato desta quinta deve ser uma comemoração, mas a luta está só começando. Exigimos tarifa zero", disse Raphael Godoi, um dos líderes. Em Porto Alegre, uma nova manifestação está programada para a noite desta quinta, no Paço Municipal. O ato será acompanhado pela Brigada Militar. O governador Tarso Genro (PT) disse que manifestações c são um sinal de "vitalidade da sociedade", mas pediu que quem for ao ato de amanhã não faça depredações.
Em Salvador, a manifestação desta quinta contra o aumento de tarifas deve passar perto Arena Fonte Nova, onde Nigéria e Uruguai se enfrentam pela Copa das Confederações. O governador Jaques Wagner (PT) já se disse favorável às manifestações populares, mas alerta que abusos serão coibidos. "A orientação (da PM) é preservar a integridade de todos, esperando a mesma postura dos manifestantes." ( Colaboraram Heloisa Aruth Sturm, Marcelo Gomes, Fábio Grellet, Elder Ogliari, Tiago Décimo e Vitor Villar)
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