• • atualizado às 13h30
Zubeidat Tsarnaeva, a mãe dos irmãos suspeitos dos atentados na Maratona de Boston, foi incluída em 2011 na mesma lista negra antiterrorismo nos Estados Unidos que seu filho mais velho, Tamerlan, informou neste sábado o Wall Street Journal.
Zubeidat e Tamerlan, que morreu no último dia 19 após confronto com a polícia, foram incluídos juntos em uma lista de vigilância à qual podem acessar várias agências do governo americano, disseram funcionários estatais à publicação.
A lista provém de uma base dados conhecida na sigla em inglês como "Tide", elaborada pelo Centro Nacional Antiterrorista, e contém os nomes de mais de 500 mil pessoas vigiadas por várias instituições de segurança dos EUA, como a CIA e o FBI.
Não está claro por que Zubeidat, que chegou aos EUA há uma década com seus filhos, foi colocada na lista junto com Tamerlan Tsarnaev, considerado pelos investigadores como responsável de planejar os atentados em Boston.
Tamerlan foi incluído na lista a pedido da CIA, depois que autoridades russas alertaram às americanos sobre sua possível radicalização. Meses antes, o FBI iniciou também uma investigação sobre o jovem de origem chechena, mas a fechou muito antes dos atentados por não encontrar nada suspeito.
Em entrevista ao Wall Street Journal nesta semana, a mãe dos suspeitos afirmou que costumava visitar muitos dos sites também lidos por seu filho mais velho, e que os dois falavam muito sobre religião e praticavam o islã com uma interpretação mais ortodoxa que o resto da família.
No entanto, ela negou que algum deles adotasse ideologias extremas, e insistiu que seus filhos eram inocentes.
As autoridades americanas continuam em busca de pistas do que provocou a radicalização de Tamerlan, entre elas a possibilidade de que um amigo, identificado como Misha, o influenciasse até levá-lo a posições extremas, como afirmou nesta semana o ex-cunhado dos irmãos, Elmirza Khozhgov.
Por sua vez, Zubeidat é acusada em um tribunal de Massachusetts por roubo e danos a propriedade, e as autoridades responsáveis pelo caso confirmaram que tentariam prendê-la se retornasse aos Estados Unidos.
Nesta semana, vários funcionários da embaixada dos EUA em Moscou viajaram ao Daguestão, no Cáucaso Norte, para interrogar Zubeidat e a seu marido, Anzor, o pai dos suspeitos.
Nessa conversa, os agentes disseram ao casal que é improvável que poderiam ver Dzhokhar Tsarnaev, também suspeito e o mais novo dos dois irmãos, se viajassem aos Estados Unidos, pelo menos por enquanto, segundo Zubeidat.
Dzhokhar foi levado ontem do hospital onde estava internado em Boston para um centro médico dentro de uma penitenciária federal no centro do estado de Massachusetts.
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