26/01/2013 12h52 - Atualizado em 26/01/2013 12h52
Vidros cobertos com plástico e medidas para evitar fragmentos são apostas.
Teste foi feito em vagão de trem do Metrô de Londres atacado em 2005.
Da AFP
Vidros cobertos com plástico e medidas para evitar fragmentos são apostas.
Teste foi feito em vagão de trem do Metrô de Londres atacado em 2005.
Da AFP
Trem desenvolvido no Reino Unido tem materiais para evitar mortes e ferimentos em atentados (Foto: Universidade de Newcastle/Reprodução)
Cientistas britânicos afirmaram esta semana que desenvolveram vagões de trem capazes de reduzir mortes e ferimentos em caso de ataques terroristas, ao usar vidros cobertos com plástico e medidas para evitar fragmentos. Veja o vídeo.
O centro de pesquisas do The New Rail, da Universidade de Newcastle, analisou os vagões atingidos nos atentados de 7 de julho de 2005 no Metrô de Londres, que mataram 56 pessoas. Os autores, então, fizeram uma explosão de teste em um vagão em desuso para estudar o impacto na estrutura.
O projeto SecureMetro, realizado por três anos, focou-se em conter os efeitos da explosão e reduzir os destroços, que são a principal causa de mortes e ferimentos nesses casos e um obstáculo para os serviços de emergência que tentam chegar aos passageiros feridos.
Os cientistas do projeto financiado pela União Europeia explodiram um vagão do metrô desativado e estudaram a forma como a onda de choque se propagou no compartimento, para compreender como as estruturas reagiriam. Em seguida, recorreram a câmeras com capacidade de filmar em alta velocidade para examinar o impacto em câmera lenta.
"Substituir a montagem dos vagões de metrô não é considerável. Concebemos tecnologias e materiais que incorporamos aos vagões existentes para melhorar sua proteção", explicou o encarregado do projeto, Conor O'Neill.
"O que demonstramos é que as empresas podem fazer modificações simples e baratas que melhoram consideravelmente a situação em caso de atentado", acrescentou.
"Painéis fixados no teto permitiram reduzir o risco de mortes e ferimentos ao limitar consideravelmente a projeção de destroços", disse. Além disso, "o revestimento plástico nas janelas que desenvolvemos também foi incrivelmente eficaz. Sem ele, as janelas teriam se quebrado e projetado estilhaços para fora, podendo ferir os passageiros", afirmou O'Neill.
"Com o revestimento plástico, vimos claramente a onda de choque se deslocar no trem, mas as janelas ficaram intactas", disse. Segundo o encarregado, mesmo que uma bomba detonada em um trem seja sempre devastadora, os novos materiais podem "salvar vidas, além de reduzir o interesse dos terroristas pelas vias férreas".
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