Durante pesquisas realizadas para o tratamento de progeria, pesquisadores conseguiram estender a vida de ratos em até 30%.
Por Felipe Arruda em 21 de Dezembro de 2012
Progeria é ainda mais trágica do que o caso de Benjamin Button (Fonte da imagem: Reprodução/Warner Bros.)
Progeria é ainda mais trágica do que o caso de Benjamin Button (Fonte da imagem: Reprodução/Warner Bros.)
Retardar os sintomas do envelhecimento continua sendo uma das maiores ambições do ser humano. Por isso, qualquer avanço na área acaba se tornando um grande passo tanto para a medicina quanto para a ciência. Recentemente, uma equipe de pesquisadores chineses divulgou que pode ter descoberto uma verdadeira fórmula contra o envelhecimento. Porém, antes de ficarmos animados, um aviso: até o momento, o procedimento foi testado apenas em ratos.
De acordo com notícia veiculada pela Reuters, a nova fórmula foi desenvolvida durante pesquisas que exploravam os efeitos da progeria, doença genética que causa envelhecimento precoce em crianças, favorecendo diversas complicações de saúde e que acaba causando a morte do portador. Durante esse trabalho, os cientistas identificaram uma mutação na proteína Lamin A como sendo a principal culpada no processo de reparação das células, levando-as ao envelhecimento precoce.
Entretanto, durante experimentos com ratos, os pesquisadores notaram que, ao atrelar Lamim A e SIRT1 (gene associado com a longevidade) com resveratrol — composto encontrado no vinho tinto e que se acredita possuir propriedades antioxidantes —, foi possível aumentar o tempo de vida dos ratos em até 30%.
Atualmente, não é possível definir se essa forma concentrada de resveratrol funcionaria em seres humanos, além do que a pesquisa foca em espécimes com progeria, e não em ratos saudáveis. Entretanto, os pesquisadores se mostram esperançosos, já que essa doença costuma ser vista como uma réplica do processo de envelhecimento. Segundo a notícia, é possível que drogas sejam desenvolvidas para imitar a proteína Lamim A ou reforçar a combinação de Lamim A com SIRT1. O artigo científico sobre o estudo está disponível online, em inglês e mediante pagamento.
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