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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO: Turquia acha munição em avião vindo da Rússia e aumenta tensão com Síria

Atualizado em 11 de outubro, 2012 - 15:57 (Brasília) 18:57 GMT



Rússia e Síria reagiram com irritação ao incidente e negaram que houvesse carga ilegal no avião
A decisão da Turquia de interceptar um avião civil que fazia a rota Moscou-Damasco e o encontro de munição e equipamento de defesa de fabricação russa na aeronave aumentou a tensão na região.
"Aviões de passageiros não podem carregar munição e equipamento de defesa", disse o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, nesta quinta-feira. O incidente deteriora ainda mais a situação na região, após vários ataques de forças sírias em território turco.
A Rússia e a Síria reagiram com irritação ao incidente e negaram que houvesse carga ilegal no avião. Ambos os países acusam a Turquia de colocar vidas em perigo.
O carregamento seria destinado ao Ministério de Defesa sírio, segundo as autoridades turcas. O avião, com cerca de 30 passageiros a bordo, havia partido de Moscou, mas foi forçado por jatos turcos a pousar em Ancara.
Teste
Desde o início da revolta contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, no ano passado, a Rússia repetidas vezes se recusou a abandonar seu apoio a Damasco, enquanto o governo turco tem sido um duro crítico do regime sírio.
Segundo o correspondente da BBC na fronteira entre a Síria e a Turquia, James Reynolds, apesar das opiniões opostas, Ancara e Moscou mantiveram uma relação próxima e continuaram a fazer negócios juntos.
Mas esse incidente pode ser o maior teste para suas relações desde que o conflito na Síria começou.
Já havia grande tensão entre a Turquia e a Síria depois que cinco civis turcos moram mortos em um bombardeio na fronteira, na semana passada.
A Turquia revidou o ataque, e na quarta-feira, seu mais alto comandante militar alertou que Ancara iria responder com mais força caso os bombardeios continuassem.
Deterioração
Em outro sinal de deterioração das relações, oficiais turcos revelaram nesta quinta-feira que a Síria interrompeu a compra de eletricidade do país vizinho na semana passada.
Em meio à tensão causada pelo incidente, o ministro dos Transportes sírio, Mahmoud Saeed, chegou a acusar a Turquia de "pirataria aérea" e de quebrar acordos de aviação civil, de acordo com a TV libanesa al-Manar.
A Turquia já impôs um embargo de armas à Síria, e o ministro do Exterior turco, Ahmet Davutoglu, disse que está determinado a interromper qualquer transferência de armas para a Síria pelo espaço aéreo turco.
Davutoglu, disse que não há base para preocupações de segurança e que "foram tomadas todas as medidas para assegurar a segurança de todos os passageiros e atender a suas possíveis necessidades".

FONTE:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/10/121011_siria_turquia_aviao_ac.shtml



Avião sírio forçado a pousar tinha munição russa, diz Turquia
Governo sírio descreveu ação turca como ato de 'pirataria aérea'.
Incidente aumentou a tensão entre os ex-aliados.


O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, disse nesta quinta-feira (11) que um avião de passageiros da Síria que foi forçado por caças de combate a pousar em Ancara na véspera levava munições de fabricação russa destinadas ao Ministério da Defesa da Síria, elevando as tensões com o país vizinho que está em guerra.
O governo sírio afirmou que o avião transportava carga legítima e descreveu as ações da Turquia como um ato de "pirataria aérea", enquanto a Rússia acusou Ancara de pôr em risco a vida de passageiros russos quando interceptou o jato na noite de quarta-feira.
O pouso do avião foi mais um sinal da crescente assertividade da Turquia sobre a crise na Síria, depois que o chefe do Estado-Maior da Turquia advertiu, na quarta-feira, que os militares usariam mais força se bombas sírias continuassem a cair na Turquia.
"Estas eram munições do equivalente russo à nossa Corporação da Indústria Mecânica e Química sendo enviadas para o Ministério da Defesa da Síria", disse Erdogan em uma entrevista coletiva na capital Ancara, referindo-se a uma fabricante estatal turca que fornece armas para o Exército do país.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia se recusou a comentar imediatamente as declarações, mas a agência de exportação de armas já tinha afirmado que não havia carga sua no voo, enquanto a agência de notícias Interfax citou Yelena Kara-Sal, uma alta funcionária consular russa, dizendo que a carga apreendida pelas autoridades turcas não era de origem russa.
Avião sírio de passageiros parado no aeroporto de Ancara, na Turquia, nesta quarta-feira (10) (Foto: AFP)Avião sírio de passageiros parado no aeroporto de Ancara, na Turquia, nesta quarta-feira (10) (Foto: AFP)
O chefe da companhia aérea síria dona do avião, Ghaida Abdulatif, disse a repórteres em Damasco que o avião levava equipamento elétrico civil.
A Turquia tornou-se um dos críticos mais severos do presidente sírio, Bashar al-Assad, durante uma rebelião de 18 meses que já matou cerca de 32 mil pessoas, proporcionando refúgio para oficiais rebeldes e pressionando por uma zona de segurança protegida por forças estrangeiras dentro da Síria.
A Rússia manteve o apoiado a Assad e uma fonte da indústria de armas disse que Moscou não tinha parado suas exportações de armas a Damasco.
Jatos militares turcos escoltaram o Airbus A-320, que transportava cerca de 30 passageiros para o aeroporto de Ancara, depois que a Turquia recebeu uma pista da inteligência afirmando que o voo transportava carga militar. O Ministério das Relações Exteriores turco informou que o avião tinha recebido a oportunidade de voltar para a Rússia enquanto ainda voava sobre o mar Negro, mas que o piloto optou por não fazê-lo.
"Este ato turco hostil e deplorável é uma indicação adicional da política hostil do governo de Erdogan", declarou o Ministério das Relações Exteriores da Síria, em um comunicado, acusando Ancara de "abrigar terroristas" e permitir que eles se infiltrem na Síria.
O presidente russo, Vladimir Putin, deveria visitar a Turquia no início da próxima semana, mas autoridades turcas disseram horas antes de o avião pousar que a Rússia havia solicitado adiamento da visita, citando agenda de trabalho pesada.
Questionado se o adiamento estava ligado ao pouso forçado, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse que Putin e Erdogan haviam discutido uma nova data por telefone na segunda-feira, dois dias antes do incidente, e que o dia 3 de dezembro é o mais provável. Ele não fez outros comentários.
A Turquia avisou que iria parar mais aeronaves civis sírias que usassem o seu espaço aéreo se necessário, e instruiu os aviões de passageiros turcos a evitar o espaço aéreo sírio, dizendo que não era mais seguro.
"Estamos determinados a controlar as transferências de armas para um regime que realiza tais massacres brutais contra civis. É inaceitável que essa transferência seja feita através de nosso espaço aéreo", disse o chanceler Ahmet Davutoglu.
FONTE:

EUA apoiam Turquia por interceptar avião procedente da Rússia
11/10/2012 - 16h56 | do UOL 

 WASHINGTON, 11 Out 2012 (AFP) -Os Estados Unidos manifestaram seu apoio à Turquia nesta quinta-feira após o surgimento de novas tensões com o principal aliado da Síria, a Rússia, depois que Ancara forçou um avião de passageiros sírio proveniente de Moscou a pousar para uma inspeção. Funcionários turcos disseram que o avião da companhia Syrian Air, que decolou da capital russa tendo Damasco como destino, transportava armas destinadas ao ministério sírio da Defesa. "Apoiamos energicamente a decisão do governo turco de inspecionar o avião", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, embora tenha informado que não podia confirmar o que foi encontrado a bordo do avião. "A transferência de qualquer equipamento militar ao regime sírio neste momento é muito preocupante. E esperamos ouvir mais do lado turco quando eles forem mais a fundo sobre o que encontraram", acrescentou. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o avião da Syrian Air levava "equipamento e munições" destinados ao ministério da Defesa sírio que foram fornecidos, aparentemente, pela agência russa de exportação de armas. Erdogan acrescentou que o material confiscado - que, segundo ele, foi obtido de um fornecedor militar russo - ainda estava sendo estudado meticulosamente pelas autoridades turcas. A Rússia pediu uma explicação, acusando as autoridades da Turquia de colocar em perigo a vida dos passageiros, enquanto o regime sírio exigiu energicamente a devolução do carregamento que a Turquia apreendeu no aeroporto de Ancara.


EUA apoiam Turquia por interceptar avião procedente da Rússia

11 de outubro de 2012  16h56  atualizado às 17h28
Os Estados Unidos manifestaram seu apoio à Turquia nesta quinta-feira após o surgimento de novas tensões com o principal aliado da Síria, a Rússia, depois que Ancara forçou um avião de passageiros sírio proveniente de Moscou a pousar para uma inspeção.
Funcionários turcos disseram que o avião da companhia Syrian Air, que decolou da capital russa tendo Damasco como destino, transportava armas destinadas ao ministério sírio da Defesa.
"Apoiamos energicamente a decisão do governo turco de inspecionar o avião", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, embora tenha informado que não podia confirmar o que foi encontrado a bordo do avião.
"A transferência de qualquer equipamento militar ao regime sírio neste momento é muito preocupante. E esperamos ouvir mais do lado turco quando eles forem mais a fundo sobre o que encontraram", acrescentou.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o avião da Syrian Air levava "equipamento e munições" destinados ao ministério da Defesa sírio que foram fornecidos, aparentemente, pela agência russa de exportação de armas.
Erdogan acrescentou que o material confiscado - que, segundo ele, foi obtido de um fornecedor militar russo - ainda estava sendo estudado meticulosamente pelas autoridades turcas.
A Rússia pediu uma explicação, acusando as autoridades da Turquia de colocar em perigo a vida dos passageiros, enquanto o regime sírio exigiu energicamente a devolução do carregamento que a Turquia apreendeu no aeroporto de Ancara.
AFP
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