"E A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL CONTINUA. É CLARO QUE ISSO, É OBRA DO PROJETO HAARP. DERRETEM OS POLOS PARA DAR ÊNFASE, A ESTA MALDITA DOUTRINA. INFORMEM-SE." - IVAN ALPHOLYTHE.
07/09/2012 - 14h52
DAVID SHUKMAN
Cientistas da
Noruega estão alertando para o fato de que o gelo no Ártico está derretendo a
uma velocidade maior do que a média.
Pesquisadores
afirmam que o mar de gelo está ficando cada vez mais fino e vulnerável no norte
do planeta. No mês passado, o derretimento deixou o gelo do Ártico no seu menor
nível em mais de 30 anos, desde que começaram as medições via satélite.
Os
cientistas acreditam que isso possa influenciar até mesmo o clima na Europa. O
derretimento deve continuar por pelo menos mais uma semana, atingindo o seu
auge na metade de setembro, quando as temperaturas ainda permanecem acima do
ponto de congelamento.
O
diretor do Instituto Polar Norueguês, Kim Holmen, disse à BBC que a velocidade
do derretimento é maior do que o esperado.
"Isso
é uma mudança maior do que nós imaginávamos há 20 anos, ou mesmo há dez
anos", diz Holmen.
O
instituto está enviando um navio quebra-gelo para pesquisar as condições entre
a Groenlândia e a ilha de Svalbard - a principal rota por onde passa o gelo que
sai do Oceano Ártico.
Durante
uma visita ao porto, um dos cientistas, Edmond Hansen, disse que estava
"impressionado" com o tamanho e a velocidade do degelo.
"Como
cientista, eu sei que isso é algo sem precedentes em pelo menos 1,5 mil anos. É
realmente impressionante - é uma mudança enorme e dramática no sistema",
diz Hansen.
"Isso
não é um fenômeno de curta duração - isso é uma tendência contínua. Você perde
mais e mais gelo e está se acelerando - é só olhar os gráficos, as observações,
e você pode ver o que está acontecendo."
Dados
importantes são registrados não só pelos satélites como também por uma série de
técnicas diferentes. Uma equipe foi enviada ao gelo para perfurar buracos e
coletar dados que possam revelar a origem do gelo.
Desde
os anos 1990, boias especiais ligadas ao leito do mar usam sonares que captam
dados constantes sobre a superfície do gelo.
Um
equipamento eletromagnético conhecido como EM-Bird é suspenso de um
helicóptero, sobrevoando o gelo. O instrumento capta dados sobre a espessura da
camada do gelo na superfície.
Os
dados mais recentes ainda estão sendo analisados, mas o cientista Sebastian
Gerland disse que já é possível perceber um padrão recorrente a cada ano.
"Na
região onde trabalhamos, nós vemos uma tendência geral de gelo mais fino",
afirma.
Onde
o gelo desaparece por completo, a superfície perde a sua coloração branca que
reflete a radiação solar. A coloração escura absorve a radiação, aumentando
ainda mais a temperatura.
Algumas
previsões indicam que o Ártico pode não ter mais gelo nos verões de 2080. No
entanto, alguns cientistas acreditam que isso possa acontecer ainda antes.
Kim
Holmen levanta a possibilidade de as mudanças climáticas afetarem o clima na
Europa. Segundo ele, o trajeto e a velocidade do vento são determinados pela
diferença de temperatura entre os trópicos e o Ártico.
Uma
mudança climática no polo poderia provocar mudanças nos ventos que sopram pela
Europa.
"Quando
não houver gelo no Ártico, a região não será mais branca e absorverá mais luz
do sol, e essa mudança poderá influenciar sistemas de ventos e onde a
precipitação ocorre. No norte da Europa, isso pode significar precipitação
maior, enquanto o sul da Europa pode se tornar mais seco", afirma Holmen.
Essa
opinião é compartilhada pelo Centro Europeu de Previsão do Tempo de Médio
Alcance, entidade baseada em Reading, na Grã-Bretanha.
O
diretor da entidade, Alan Thorpe, acredita que ainda é preciso evoluir na
pesquisa sobre o impacto que as mudanças no Ártico terão no clima europeu.
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