Mais afetados pelo aumento dos preços são cidadãos dos países mais pobres que dedicam 80% da sua remuneração à alimentação
O presidente da Nestlé deixa o alerta: o mundo enfrenta uma maior crise do que a registada em 2008. Tudo por causa da subida de preços dos alimentos, em consequência do aumento da terra dedicada à produção de biocombustíveis.
«A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) chegou às mesmas conclusões do que tenho vindo a dizer há muitos anos: que não se ocupe a terra para a produção de biocombustíveis já que se perde para a alimentação», disse o presidente da Nestlé, ao diário austríaco «Wiener Zeitung», citado pela Lusa.
Peter Brabeck-Letmathe referia-se à questão de a FAO ter solicitado recentemente aos países para mudar as suas políticas sobre os biocombustíveis devido ao perigo de uma crise alimentar.
A FAO tem vindo a alertar para o constante aumento dos preços dos alimentos nos últimos anos, especialmente os cereais e o açúcar, já que afetam os países em vias de desenvolvimento que dependem da importação desses produtos para alimentar as suas populações.
Por trás do aumento dos preços «há grupos de pressão muito fortes e altos subsídios e, por isso, prevejo uma crise alimentar com consequências mais desastrosas do que aconteceu em 2008».
O presidente da Nestlé recordou que os mais afetados pelo aumento dos preços são os cidadãos dos países mais pobres que dedicam 80% da sua remuneração à alimentação.
«A Europa pode aguentar a subida dos preços, mas em África e grande parte da Ásia, a situação é diferente».
Presidente da Nestlé
alerta que mundo enfrentará crise de alimentos
Foto: World Food Programme (WFP)
O presidente da Nestlé afirmou nesta terça-feira, dia 14 de agosto, ao jornal Wiener Zeitung, que o mundo enfrentará uma crise alimentar maior do que a registrada em 2008.
Para Peter Brabeck-Letmathe, as plantações de alimentos para consumo da população mundial estão perdendo espaço para as terras dedicadas a produção de biocombustível.
No sábado, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva pediu aos EUA a suspensão imediata da produção de biocombustível no país a partir do milho, para evitar uma crise alimentar mundial.
“Uma suspensão imediata e temporária da legislação norte-americana, que destina parte da colheita de milho para a produção do biocombustível, daria algum alívio ao mercado e permitia destinar mais grãos à alimentação humana e animal”, sustentou o secretário da FAO.
O biocombustível é fabricado a partir de produtos agrícolas como a soja, a cana-de-açúcar, a mandioca, a beterraba, o milho, algas e outros tipos de matérias orgânicas de origem vegetal.
O presidente da Nestlé disse ainda ao jornal austríaco que os mais afetados pelo aumento dos preços são os cidadãos dos países mais pobres que dedicam 80% do seu rendimento à alimentação.
Segundo analistas da ONU, se a comunidade internacional ainda permitir uma nova crise alimentar, as suas consequências serão imprevisíveis. Em alguns países a situação não se limitará só a revoltas das pessoas com fome, o desastre poderá alastrar e terá também consequências para os atuais donos da situação.
A Crise de alimentos de 2007-2008 que gerou uma alta nos preços de diversos alimentos, dentre eles o trigo e o milho, afetou principalmente países africanos.
Ianotícia
Nestlé alerta
para uma crise alimentar pior do que a de 2008 devido aos biocombustíveis
Milho é uma das fontes de produção de
biocombustível
O presidente da Nestlé afirmou esta
terça-feira que o mundo enfrenta uma crise alimentar maior do que a registada
em 2008 devido à subida de preços dos alimentos em consequência do aumento da
terra dedicada à produção de biocombustíveis.
“A Organização das
Nações Unidas para a Alimentação (FAO) chegou às mesmas conclusões do que tenho
vindo a dizer há muitos anos: que não se ocupe a terra para a produção de
biocombustíveis já que se perde para a alimentação”, disse o presidente da
Nestlé, Peter Brabeck-Letmathe, ao diário austríacoWiener Zeitung.
Peter Brabeck-Letmathe referia-se à questão de a FAO ter solicitado
recentemente aos países para mudar as suas políticas sobre os biocombustíveis
devido ao perigo de uma crise alimentar.
A FAO tem vindo a alertar para o constante aumento dos preços dos alimentos nos
últimos anos, especialmente os cereais e o açúcar, já que afectam os países em
vias de desenvolvimento que dependem da importação desses produtos para
alimentar as suas populações.
O biocombustível é fabricado a partir de produtos agrícolas como a soja, a
cana-de-açúcar, a mandioca, a beterraba, o milho, algas e outros tipos de
matérias orgânicas de origem vegetal.
“Por trás do aumento dos preços há grupos de pressão muito fortes e altos
subsídios e, por isso, prevejo uma crise alimentar com consequências mais
desastrosas do que aconteceu em 2008”, frisou.
O presidente da Nestlé recordou que os mais afectados pelo aumento dos preços
são os cidadãos dos países mais pobres que dedicam 80% do seu rendimento à
alimentação.
“A Europa pode aguentar a subida dos preços, mas em África e grande parte da
Ásia, a situação é diferente”, observou.
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